Copel irá indenizar famílias atingidas por alagamentos
Geral
Mais de 300 famílias dos munícipios de Realeza, Nova Prata do Iguaçu, Capanema e Capitão Leônidas Marques serão indenizadas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), em razão da abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, o que ocasionou no alagamento de casas e outras estruturas, além da destruição de plantações e estradas.
O fato ocorreu no inicio do mês de junho, quando a região sul do Brasil foi atingida por um grande volume de chuvas. Na ocasião, o nível da água do Rio Iguaçu ultrapassou a quantidade comportada pela usina. Assim, as comportas foram abertas, entretanto, sem qualquer aviso à população. A água, em grande intensidade, invadiu casas, galpões, arrastando máquinas agrícolas e animais, causando vários outros estragos.
Através de negociações entre o Movimento dos Atingidos por Barragem e a Copel ficou acordado que a empresa irá repor as perdas através de um valor monetário, basedo nos levantamentos da Defesa Civil, integrando os trabalhos com a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e secretarias de Governo. Além disso, a Copel irá realizar estudos para o planejamento de ações para prevenção de novas enchentes.
Os trabalhos deverão ser apresentados dentro de duas semanas para a direção da companhia para que haja a liberação de recursos. Outra reunião está marcada para o dia 11 de agosto, em que será apresentada a proposta de trabalho, contendo as medidas a serem adotadas para a solução do problema dos alagamentos.
RELATÓRIO
Conforme a nota oficial encaminhada pelos atingidos, os dados extraídos da estação de monitoramento da Copel, localizado em Porto Lupion, município de Capanema, indicam que a partir das 18h do dia 8 de junho de 2014, o volume das vazões do rio Iguaçu ultrapassou a marca de 23.000 m3/s, atingindo 27.000 m3/s às 22h. Já às 23h do dia 8 de junho até às 13h do dia 9, não houve leituras, provavelmente porque o Rio Iguaçu subiu mais do que os equipamentos poderiam monitorar. Um indício disso é que a régua existente no local marcava quase 14 metros, quando pararam as leituras e chegou a marcar até 14,86 metros. As leituras de vazão só foram retomadas quando o rio voltou aos 14 metros, à 1h do dia 9 de junho.