Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
18 de maio de 2024
Rádios

Copel irá indenizar famílias atingidas por alagamentos

Geral

por Guilherme Zimermann

Publicidade

Mais de 300 famílias dos munícipios de Realeza, Nova Prata do Iguaçu, Capanema e Capitão Leônidas Marques serão indenizadas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), em razão da abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, o que ocasionou no alagamento de casas e outras estruturas, além da destruição de plantações e estradas.

O fato ocorreu no inicio do mês de junho, quando a região sul do Brasil foi atingida por um grande volume de chuvas. Na ocasião, o nível da água do Rio Iguaçu ultrapassou a quantidade comportada pela usina. Assim, as comportas foram abertas, entretanto, sem qualquer aviso à população. A água, em grande intensidade, invadiu casas, galpões, arrastando máquinas agrícolas e animais, causando vários outros estragos.

Através de negociações entre o Movimento dos Atingidos por Barragem e a Copel ficou acordado que a empresa irá repor as perdas através de um valor monetário, basedo nos levantamentos da Defesa Civil, integrando os trabalhos com a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e secretarias de Governo. Além disso, a Copel irá realizar estudos para o planejamento de ações para prevenção de novas enchentes.

Os trabalhos deverão ser apresentados dentro de duas semanas para a direção da companhia para que haja a liberação de recursos. Outra reunião está marcada para o dia 11 de agosto, em que será apresentada a proposta de trabalho, contendo as medidas a serem adotadas para a solução do problema dos alagamentos.

Publicidade
Publicidade

RELATÓRIO

Conforme a nota oficial encaminhada pelos atingidos, os dados extraídos da estação de monitoramento da Copel, localizado em Porto Lupion, município de Capanema, indicam que a partir das 18h do dia 8 de junho de 2014, o volume das vazões do rio Iguaçu ultrapassou a marca de 23.000 m3/s, atingindo 27.000 m3/s às 22h. Já às 23h do dia 8 de junho até às 13h do dia 9, não houve leituras, provavelmente porque o Rio Iguaçu subiu mais do que os equipamentos poderiam monitorar. Um indício disso é que a régua existente no local marcava quase 14 metros, quando pararam as leituras e chegou a marcar até 14,86 metros. As leituras de vazão só foram retomadas quando o rio voltou aos 14 metros, à 1h do dia 9 de junho.

Publicidade