Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
28 de abril de 2024
Rádios

Casos de sífilis preocupam autoridades de saúde em Palmas

GeralSaúde

por Ivan Cezar Fochzato

Casos de sífilis preocupam autoridades de saúde em Palmas
Publicidade

Os casos de sífilis estão preocupando o Setor de Epidemiologia do Setor Público de Saúde Palmas, sul do Paraná. A principal causa da doença é a relação sexual desprotegida que atinge todas as faixas etárias.  A preocupação aumenta com  alta incidência em gestantes.

Conforme a enfermeira do setor, Marilde Antunes Bueno, muitos casos são detectados durante o acompanhamento pré-natal. Até esta terça-feira(17) são contabilizados 27 casos de sífilis em gestantes e congênitas. Já entre o público geral são 29 neste ano e 86 durante todo ano passado. Há registros em adolescente de 13 anos e idoso de 76 anos, com mair incidência na população entre 30 e 40 anos.

Avalia o quadro em Palmas como preocupante e agravado pela promiscuidade, troca frequente de parceiros sexuais e alta resistência ao uso de preservativos. “Isso tudo acelera a transmissão da doença”, disse ela. Relatou que há casos em que uma pessoa mesmo após passar pelo tratamento, voltou a contrair a bactéria  mais  duas ou três vezes.

Outro problema é que as pessoas não observam os prazos e abandonam o tratamento. A terapia é feita a penicilina benzatina – o único medicamento capaz de impedir a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho. A dosagem varia de acordo com a fase em que a doença se encontra.  “ É importante frisar que a sífilis tem cura. Mesmo sendo um tratamento doloroso é necessário seguir as recomendações” disse ela. Salientou que a medida mais importante para prevenção é a proteção nas relações sexuais.

Publicidade
Publicidade

O diagnóstico para o público em geral é feito através de consultas médicas e testes rápidos, que estão disponíveis, gratuitamente, na rede pública do município.  Além disso,  todos  os profissionais da enfermagem passaram por treinamentos para atenção especial às gestantes e recém-nascidos, que recebem acompanhamento até dois anos após o nascimento.

As conseqüências da falta de tratamento à sífilis materna incluem abortamento, natimortalidade, nascimento prematuro, recém-nascido com sinais clínicos de Sífilis Congênita ou, mais freqüentemente, bebê aparentemente saudável que desenvolve sinais clínicos posteriormente. Se não tratada precocemente pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.

O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de 10 a 90 dias. A enfermidade se manifesta em três estágios. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.

Publicidade