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Grupo RBJ de Comunicação,
02 de maio de 2024
Rádios

Câncer de próstata foi debatido na Acefb

Saúde

por Everton Leite

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[Grupo RBJ de Comunicação] Câncer de próstata foi debatido na Acefb — Médico Ricardo Belentani também tirou dúvidas dos participantes da reunião.
Médico Ricardo Belentani também tirou dúvidas dos participantes da reunião.

Um assunto sério foi tratado no Café Acefb desta semana na Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb). De acordo com o médico urologista Luis Fernando Dip, pelo menos 69 mil casos de câncer de próstata são diagnosticados todos os anos no Brasil. Isso dá uma média de um caso confirmado a cada sete minutos. “Na maioria das vezes, a doença não apresenta sintomas e a patologia aparece em homens entre 45 e 50 anos de idade. Reforço que é muito importante o diagnóstico precoce, pois agiliza o tratamento, diminuindo as chances de morte do paciente. As mulheres têm papel preponderante nessa questão, pois geralmente elas marcam as consultas para seus maridos, namorados e demais familiares”, diz o especialista.

O doutor Dip afirma que o câncer de próstata é o segundo mais incidente em homens, atrás apenas do câncer de pele. “A hora que damos a notícia que o paciente tem a doença dá um choque. Contudo, o tratamento hoje em dia é menos agressivo do que há algumas décadas. Se o indivíduo esperar surgir sintomas, como dificuldade para urinar e dor óssea na região das costas, é mais complicado, fazendo com que as chances de cura cheguem a apenas 5%.” Tanto o tratamento com cirurgia quanto com radioterapia impulsiona a recuperação plena do paciente entre 80% e 90%. “Nós passamos essas condições para pacientes e familiares. São eles que definem o que fazer para tentar a cura da doença”, explica Dip.

Um dos participantes da reunião questionou sobre a possibilidade de a doença se manifestar antes dos 40, 45 anos de idade. “Se o homem tem histórico familiar, é bom fazer o exame preventivo”, alerta Dip. Segundo ele, fumantes e homens da raça negra são mais propensos a desenvolverem a patologia. Ricardo Belentani, também urologista, destacou que “basicamente o fator genético e os fatores ambientais como a alimentação podem influenciar no surgimento da doença”.

Impotência sexual

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Informações do site novembroazul.com.br dão conta de que “existe risco de o homem ter disfunção erétil depois do tratamento do câncer de próstata, mas tende a ser menor se o tratamento for realizado logo que a doença é detectada. A disfunção erétil pode ser temporária enquanto o paciente está em recuperação. Mas, no caso de a disfunção ser permanente, há medicamentos, próteses e implantes que funcionam na maioria dos casos.”

Tabu vem caindo

Ir ao médico fazer o toque retal (através do ânus) para diagnosticar o câncer de próstata ainda provoca calafrios em alguns homens. Doutor Dip tranquiliza. “O toque é rápido, dura uns 15 segundos e não é dolorido. Hoje em dia os homens estão mais conscientes.” Há também um método menos invasivo, que é o exame de PSA. “É o exame de sangue, que é feito com mais frequência. Com o exame de sangue é possível analisar a taxa de desenvolvimento da doença”, frisa Dip. “O que mais choca é quando tratamos homens de 50, 60 anos de idade e a doença não tem mais cura. Seria o momento em que ele aproveitaria para curtir a família. Infelizmente, toda semana atendo esses casos”, lamenta doutor Dip.

Novembro Azul

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A campanha Novembro Azul em todo o Brasil intensifica neste mês a prevenção e o tratamento da saúde do homem, em especial contra o câncer de próstata. No próximo dia 17 é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.

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