Amsop cria carta da saúde e convoca deputados

A Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) por meio da sua comissão de saúde e lideranças do setor na região formularam uma lista de solicitações capaz de salvar de uma vez o atendimento público em saúde na região Sudoeste do Paraná. Os pedidos embasam a criação da Carta da Saúde do Sudoeste que vai direcionar a partir de agora as reivindicações das lideranças.

O termo que compõe a carta é de tamanha relevância que as lideranças do Sudoeste envolvidas no setor de saúde já decidiram convocar os deputados estaduais e federais que representam o Sudoeste para receber o documento em encontro a ser agendado na Amsop. Na oportunidade a Carta será detalhada aos deputados solicitando empenho para encampar as principais carências da região.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (29) na sala de reuniões da Amsop sob o comando do presidente da entidade o prefeito de São João Altair Gasparetto e do presidente da comissão de saúde o prefeito de Bom Jesus do Sul Cezar Bueno. Participaram das discussões os prefeitos que integram a comissão de saúde, chefes da 7ª e 8ª regionais de saúde, vereadores que integram a comissão de saúde da Acamsop M13, comissão do Cresems da 7ª e 8ª regional e secretários municipais de saúde além do jurídico da Amsop.

Demandas

Na carta constam pelo menos 15 demandas a serem pleiteadas sendo 8 de competência aos deputados federais, 5 no âmbito do Estado (bandeiras dos deputados estaduais) e outros 4 itens que precisam ser implantadas com entendimento das lideranças na região e 1 item que engloba todos os envolvidos em comum. O assunto rende tanto que até os municípios da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), que representa a região de Cascavel, quer estender para aquela regional algumas demandas.

Gasparetto entende que a Carta será a partir de agora uma ferramenta a mais para defesa da saúde e dos municípios do Sudoeste. “Os municípios vem assumindo a cada ano mais e mais obrigações na saude pública que seriam competência do estado e governo federal. Uma prova disso é que lei obriga investir pelo menos 15% do orçamento dos municípios em saúde e a grande maioria aplica mais de 25%. Com isso faltam recursos para outros setores”, exemplifica o presidente da Amsop. Sobre as carências no atendimento regional cita como exemplo a limitação de leitos nos casos de urgência e emergência.

A Carta

Bueno lembra que o documento surgiu a partir da demanda constata no Sudoeste e que demonstra a complexidade de conquistar melhorias significativas no atendimento público em saúde na região. “Verificamos que existem dificuldades que compreendem todas as esferas desde o governo federal até lá no município, mas que precisavam ser alinhadas”, lembrou. Cita como exemplo o impedimento hoje em ter autonomia de receber emendas parlamentar para investimento no custeio da saúde. A Carta vem sendo trabalhada desde fevereiro quando a comissão da Amsop assumiu e foi elaborada com informações fornecidas por profissionais em várias áreas da saúde, e após ser impressa será destinada aos lideres competentes.