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Grupo RBJ de Comunicação,
02 de maio de 2024
Rádios

Acordo transforma dívida em investimento social em Pato Branco

Geral

por redação

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Quase um milhão de reais começam a ser destinados a projetos de entidades assistenciais em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, como resultado de um acordo realizado em 2013 pelo município com a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

Os recursos se referem a multas aplicadas ao município, em anos anteriores, pela contratação de funcionários nas áreas de educação e saúde sem concurso público.

A primeira etapa de liberação de verbas aconteceu em março e destinou R$ 325 mil para: reforma da sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Pato Branco, construção de área coberta ligando as alas feminina e masculina do Lar de Idosos São Vicente de Paulo, aquisição de um veículo furgão para a Associação Lima (protetora dos animais), e reformas na infraestrutura da sede da Fundação Patobranquense do Bem Estar Social (FUNDABEM), incluindo substituição de equipamentos da cozinha, sanitários e pintura, entre outras melhorias.

HISTÓRICO

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Após a constatação de irregularidade na contratação de funcionários nas áreas de educação e saúde sem concurso público, em 2007 o Ministério Público do Trabalho formalizou com o Município de Pato Branco um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Como as obrigações constantes no termo de ajuste não vinham sendo cumpridas, em 2010 foi ajuizada perante a 1ª Vara do Trabalho de Pato Branco uma ação de execução que acumulou mais de R$ 1 milhão em multas.

Um novo acordo realizado perante a Justiça do Trabalho em dezembro de 2013 pôs fim à ação de execução. Por este acordo, que vem sendo devidamente cumprido, o Município de Pato Branco terá de pagar R$ 930 mil, divididos em 31 parcelas de R$ 30 mil. Os depósitos judiciais têm sido feitos desde janeiro de 2014 e serão destinados a instituições filantrópicas.

Outras entidades, a exemplo da Associação dos Amigos de Prevenção do Câncer (Gama) e a Associação Missão Vida Nova, que abriga dependentes químicos e andarilhos, também já se habilitaram para receber os benefícios, o que dependerá de futura análise pela Justiça do Trabalho de orçamentos que estas entidades deverão apresentar.

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“A possibilidade de direcionarmos estas verbas oriundas de multas para entidades filantrópicas que prestam um bom atendimento comprovado à sociedade faz com que o Judiciário e o Ministério Público se aproximem cada vez mais das realidades locais. É uma tendência bem-vinda que revela uma nova forma de reverter recursos em prol da comunidade”, ressaltou Sandro Antonio dos Santos, juiz que mediou o acordo.

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