Zanella recomenda cuidados para vacinação dos animais

No quadro semanal Onda Animal, exibido todas as quartas-feiras na Rádio Onda Sul FM, a partir das 9 horas da manhã, o médico veterinário José Carlos Zanella passou algumas recomendações sobre cuidados para a vacinação dos animais de estimação. Um ouvinte fez um relato de seu cachorro, que recebeu três vacinas importantes e, mesmo assim, pegou uma virose. Zanella respondeu da seguinte forma: “Tem todos os agentes necessários para a proteção. E que saia da fábrica e chegue até a aplicação no animal com a mesma qualidade. Essa vacina é um vírus vivo, que tem uma exigência para ficar estável. Tem que ser transportada, armazenada e aplicada dentro de uma temperatura entre 2 e 6 graus. Por quê? Como é uma partícula viva, se aumentar ou diminuir a temperatura, o vírus morre. Ou seja, o processo de transporte é fundamental. Muitas empresas de vacina não conseguem esse cuidado perfeito porque gera um custo muito grande. Outra coisa: no local em que a vacina fica estocada, é preciso tomar esse cuidado de temperatura. Nem sempre as agropecuárias têm essa preocupação e estrutura para armazenar. Exemplo: se tiver uma queda de energia no fim de semana e não houver monitoramento, você não sabe o que aconteceu com a vacina. Às vezes a vacina, na hora de aplicar, não está com uma boa conservação.”

Segundo o médico veterinário, há outra questão a ser observada, além dos cuidados com a vacina: “Não apenas a vacinação da forma correta vai proteger o animal. Ele precisa ter características para responder à vacina. Ou seja, é comum em uma empresa com 100 funcionários que são vacinados contra a gripe humana, e que três ou quatro funcionários mesmo assim ficam doentes. Eles têm algumas características próprias e que não é possível proteger. Talvez por aí ocorram as falhas de vacina. O correto é procurar um local adequado para fazer essa vacina. O animal precisa estar em um bom momento para a vacina, aí a importância de um bom profissional para fazer essa orientação. Feito tudo isso, você tem uma chance de até 95% de que esse animal não fique doente.”

Animais em gaiolas

Outra questão perguntada por uma ouvinte fez referência à comercialização de animais em gaiolas ou de peixes em aquários minúsculos. Zanella ficou contente em saber que as pessoas estão cuidando não somente de seus animais, mas reparando também os problemas a sua volta. Segundo ele, há uma regulamentação para a venda de animais. “Animal para ser vendido precisa de um certificado de origem, ou seja, o criador tem que estar registrado junto ao Ministério e ao Conselho de Medicina Veterinária. Há normas de uma espaço mínimo delimitado para que esse animal fique em exposição.”

Zanella diz que peixe Beta não é mais possível comercializar em sacos plásticos, como era feito antigamente. Outra coisa: quando se compra o animal, precisa fazer um

investimento para ter qualidade de vida a ele. “Experimente colocar uma pessoa em uma sala fechada de dois por dois e dar alimento para ela. Vai sobreviver, mas em péssimas condições. A mesma regra se aplica para um peixe que fica em um aquário muito pequeno”, recomenda.