Vereador propõe desvinculação da mesorregião de Palmas do Sudoeste do Paraná
PALMAS
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por redação
Desvincular a região de Palmas, sul do Paraná, do contexto do sudoeste do Paraná. Esta é a proposta do vereador Marcos Gomes(PCdB) com vista a se constituir uma nova microrregião administrativa. A ação inicial com este objetivo foi proposta na sessão do Poder Legislativo de Palmas, na última segunda-feira(17) e aprovada por unanimidade pelos 13 vereadores da casa.
Inicialmente o vereador requer que seja revogada a lei estadual (15.825/2008) que tirou a mesorregião de Palmas, abrangendo também Clevelândia, Honório Serpa, Mangueirinha, Coronel Domingos Soares do contexto do Centro-Sul e a agregou ao Sudoeste do Paraná.
A localização da mesorregião de Palmas ao Centro-Sul fizeram parte dos dados e mapas do IBGE e Ipardes(Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) até 2008 quando foi apresentada e aprovada uma Lei na Assembleia, a partir da mobilização da Agência de Desenvolvimento do Sudoeste, que considerava importante incluir municípios então pertecentes ao Centro Sul do Paraná ao seu contexto político e administrativo, como forma de fortalecer a região de Pato Branco e Francisco Beltrão.
O vereador argumenta que há várias motivações para sua proposta. Primeiro, Palmas nunca foi sudoeste do Paraná em termos geográficos, culturais, econômicos e políticos e sim se assemelha por estes aspectos com os municípios da região Centro Sul, que tem sede em Guarapuava, onde vieram os bandeirantes que colonizaram os Campos de Palmas, dando origem a esta mesorregião.
Argumentou que geograficamente Palmas é o município mais ao Sul do estado do Paraná e portanto tem características econômicas e territoriais diferenciadas ao Sudoeste. A outra razão está relacionada a que o Sudoeste pretende contar com a região de Palmas porque esta é altamente significativa, entretanto, o Sudoeste não reconhece Palmas nem política e nem administrativamente. “Palmas consta apenas numericamente em favor do Sudoeste sendo que não lhe dado o valor devido, principalmente na distribuição de recursos e decisões políticas em favor do população desta região”, argumentou.
Em relação a criação de uma nova região administrativa, tendo por base a constituição inicial da mesorregião de Palmas, vem com a perspectiva de permitir a esses municípios uma melhor atenção dos governos estadual e federal, bem como, atender perspectivas culturais, políticas e econômicas dos aproximadamente cem mil habitantes deste espaço do estado do Paraná.
O vereador acredita que com a revogação da Lei e retornando à região ao contexto original será possível desencadear um processo político e administrativo para a constituição da nova estrutura administrativa, tendo Palmas como sede, garantindo a sua independência em relação à regional de Pato Branco.