Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
02 de maio de 2024
Rádios

Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas

Meio Ambiente

por Ivan Cezar Fochzato

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A prática das queimadas para limpeza dos campos nativos e renovação das pastagens dos Campos de Palmas esteve na pauta de discussões de um seminário promovido na última semana pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio). A necessidade de projetos de viabilidade econômica e turística na área também mereceram destaque nas discussões.

Participaram os conselheiros, proprietários e funcionários relacionados ao RVS e sua zona de amortecimento, além de especialistas ambientais. O evento faz parte do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

[Grupo RBJ de Comunicação] Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas — ??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
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O Seminário sobre Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre (RVS) dos Campos de Palmas, Unidade de Conservação  que abrange ainda parte do território do município de General Carneiro, sul do Paraná, foi realizado na sede do Poder Legislativo de Palmas, sul do Paraná, como o objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos campos nativos, legislação ambiental vigente e alternativa ao tradicional uso do fogo na região. Participaram os conselheiros, proprietários e funcionários relacionados ao RVS e sua zona de amortecimento, além de outros interessados pelo tema.

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Pela manhã ocorreu a explanação pelo proprietário, Joaquim Osório Ribas, sobre a prática histórica da utilização do fogo na área do Refúgio pelos proprietários das áreas. A analista ambiental, chefe da Unidade de Conservação, Márcia Barbosa Abrão, falou sobre o plano de manejo e sobre as diretrizes atuais do ICMbio.  A temática da Legislação Ambiental sobre as áreas de Campo, Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e Cadastro Ambiental Rural foi o tema apresentado pelo pesquisador, João de Deus Medeiros, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina. Na ocasião foram  apresentadas alternativas ao uso do fogo que vem sendo utilizadas em Lages, Santa Catarina,  e trocas de experiências, discussão de alternativas e procedimentos a serem adotados.

Conforme o Coordenador de Projetos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – Apremavi, Marcos Alexandre Danieli, o seminário foi realizado a partir da retomada da Câmara Técnica Sobre o Uso do Fogo,  instituída ainda em 2012. Informou que alguns encaminhamentos foram definidos no seminário, tais como, a continuidade do trabalho visando à finalização do Plano de Manejo do REVIS, com os critérios para utilização do fogo sem prejuízo para a preservação ambiental do sistema; buscar maior envolvimento das universidades para a realização de estudos e pesquisas sobre os impactos do uso do fogo e outros processos de desenvolvimento econômico do local.  Além disso, defendeu-se a envolvimento do Parque Ambiental Estadual de Palmas nas discussões, visto que também está localizado praticamente no entorno da UC federal.

Outro aspecto  destacado pelo Coordenador de Projetos da Apremavi está relacionado ao desenvolvimento de projetos para valorização e exploração dos potenciais turísticos existentes na região. Durante as discussões foi apontado que a região tem todas as condições ambientais para isso.  Porém, falta treinamento do pessoal em todos os níveis desde a montagem do projeto até a efetivação do marketing e a estrutura necessária para receber turistas.  Nesta mesma linha discutiu-se a necessidade de captação de recursos para a elaboração de projetos que garantam a produção sustentável combinada entre os interesses econômicos e de preservação do sistema ambiental.

Dentre as alternativas para esse fim está a valorização dos produtos locais com certificação de origem e ambiental. Além disso investimentos para permitir a qualificação e organização da cadeia produtiva

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