“Sou mulher, mãe e tenho pouca idade para os olhos de muitos”, diz a empreendedora Edipaula

A Iguaçu Bananas é uma agroindústria de derivados de banana e foi idealizada com o objetivo de reaproveitar a produção de banana da família da Edipaula, pois existe em média uma perda de 30% da produção. Hoje, alguns dos produtos comercializados são banana passa, banana passa com calda de chocolate (ao leite ou meio amargo), farinha de banana, chips de banana doce ou salgado, e bala de banana.

“A ideia surgiu de um desejo do meu pai que se sentia insatisfeito pois perdíamos muita banana. Foi aí que, seis meses atrás, decidimos que iríamos abrir essa indústria. Nessa época eu estava de licença maternidade, aí participei da capacitação “Vai que dá!”, na ACEC (Associação Comercial e Empresarial de Chopinzinho) em Chopinzinho, com apoio da Aliança Empreendedora, que estava organizando o Desafio Paraná e felizmente fui premiada!”, conta a empreendedora.

Edipaula explica que em dezembro do ano passado participou como voluntária da 1ª Feira da Associação Comercial e Empresarial de Chopinzinho, em que seu grupo ficou responsável pela praça de alimentação. Ela então  aproveitou a oportunidade e expôs todos os seus produtos. Segundo Edipaula, a feira abriu as portas para a divulgação de seu negócio. “As pessoas pediam para fecharmos parceria com os mercados da cidade para facilitar a compras. Hoje, quatro meses depois do início da produção, já estamos realizando entrega pela cidade, e nos encaminhando para também atender municípios vizinhos. Quem sabe um dia exportá-los?”, revela.

Com o objetivo de fazer de seu negócio um local para visitação, Edipaula já tem movido seus esforços para ter matéria-prima voltada especialmente para sua produção, e não contar apenas com uma porcentagem de perda. Com o reconhecimento que recebeu  como vencedora em 1º lugar na categoria Ideia de Negócio – Presencial no Geração Empreendedora – Desafio Paraná 3ª edição, a empreendedora já deu início as obras de melhoria do seu negócio, já que sua família já tinha um projeto em mente há algum tempo. Segundo ela, já conseguiu pagar pelo projeto, iniciar as obras no local e também adquirir alguns dos materiais necessários.

E em seu negócio como em qualquer outro a comunicação é muito importante. A empreendedora diz que seus principais canais de comunicação são via WhatsApp e pelo Facebeook. “A cidade é pequena, então é fácil todo mundo se achar. No próprio rótulo dos produtos constam meu nome e contato, aí quem não quer comprar em mercados, mas sim diretamente comigo, entra em contato! Fechado o negócio, eu levo os produtos até a pessoa. Além disso, a propaganda dos amigos e clientes também é fundamental, porque são eles que sempre indicam meu negócio. Então sempre é bom dar muita atenção aos clientes e dar muitos mimos. Assim, torna-se um incentivo para ajudar na divulgação”, comenta Edipaula.

Mãe de primeira viagem, Edipaula diz que divide a atenção de seu novo negócio com seu filho de um ano. “Como vocês puderam ver no Desafio, ele sempre está comigo: quando vamos comprar embalagens, apresentar nossos produtos para os mercados da região, e até na hora da produção! Ele brinca um pouco, quer colo e assim vamos indo até ele pegar no sono. Quando isso acontece aceleramos a produção o máximo possível [risos]. Ser uma mãe empreendedora é uma tarefa bem difícil”, conta a mãe do Hugo. Segundo ela, às vezes ela não pode deixar o pequeno aos cuidados do pai ou de seus avós, o que pode tornar o dia a dia um pouco cansativo, mas ela afirma que seu filho lhe dá forças e vice-versa. “Somos um só”, diz Edipaula.

“Eu me vejo como uma mulher batalhadora, pois as mulheres ainda são pré-julgadas por uma sociedade machista que muitas vezes não nos dá oportunidade de conhecer e desenvolver nossas capacidades…”

#DicadaEdipaula

Edipaula ressalva que o mais importante é não desistir. “Confesso que sou um tanto teimosa e não será uma pedra em meu caminho que me fará desistir. Sou mulher, mãe e tenho pouca idade para os olhos de muitos. Muitas vezes surgiu a dificuldade de não ser ouvida, mas nada que me abalasse”, conclui.