Risco de alagamentos e enchentes na região sul do Paraná na próxima semana

Após uma trégua entre esta quinta (09) e sexta-feira (10), a chuva volta ao Paraná já na madrugada de sábado (11) em grande quantidade. A previsão do Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) é de 200 milímetros em quase todo o Estado. Conforme o meteorologista do Sistema, Lizandro Jacóbsen, o atual cenário é reflexo do El Niño, que faz o transporte da umidade da região amazônica para o sul do país.

Salientou que o fenômeno não tem relação direta com as temperaturas registradas nesse inicio de inverno. No entanto, a formação de nuvens de chuva sobre Estado impedem o ingresso de massas de ar polar. “Tivemos alguns episódios de resfriamento forte, mas ainda num número bem menor inferior a anos anteriores.”, avaliou.

Apontou que a primeira semana de julho mostrou-se totalmente atípica comparada à outros anos, visto que o mês caracteriza-se pelo clima seco e frio. Conforme Jacóbsen, em várias cidades do Estado, a média histórica de chuvas já foi superada, somente na primeira semana do mês. “Nós temos uma média climatológica que não passa dos 100 mm na maioria das regiões do Estado, no mês inteiro. Isso já foi superado e várias cidades e ainda tem mais essa previsão de chegar a quase 200 mm no acumulado, então nós vamos ter de 3 a 4 vezes a chuva do mês inteiro em poucos dias”, alertou.

Destacou que o Simepar se mantém em constante comunicação com os órgãos de Defesa Civil e deverá emitir um novo alerta até amanhã (10), para que os municípios já estejam prevenidos, pois, conforme ele, o solo encharcado não tem mais condições de absorver a chuva, trazendo o risco de deslizamentos, além do aumento no nível dos rios, o que pode causar enchentes e alagamentos.

Informou que para a região sul do Estado, o maior volume de chuvas deverá cair entre domingo (12) e segunda-feira (13). “A resposta dos rios será no inicio da próxima semana. Já choveu bastante, o nível dos rios aumentará em todo o Estado e como irá chover mais nessa região, a população tem que ficar mesmo em alerta e seguir as orientações da Defesa Civil.”, orientou.