Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
01 de maio de 2024
Rádios

Projeto estimula a restauração de áreas de Reserva Legal com araucárias

O projeto está sendo implantado nas regiões Sul e Centro Sul do Paraná.

Meio Ambiente

por Ivan Cezar Fochzato

pinheiros
Foto: Katia Pichelli
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Diversos municípios da região Sul e Centro Sul do Paraná estão inseridos no projeto ConservAção Araucária, iniciativa da Embrapa Florestas e do Sistema de Transmissão Gralha Azul, operado pela Engie Brasil Energia, com a participação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e apoio do Instituto Água e Terra (IAT).

As unidades estão localizadas em Balsa Nova, Guarapuava, Irati, Palmeira, Ivaí, Cruz Machado, União da Vitória, São Mateus do Sul, Turvo, Pinhão, Manoel Ribas e Ponta Grossa

Foram concluídas as capacitações de produtores rurais e agentes multiplicadores. As unidades demonstrativas serão utilizadas como exemplo para produtores que queiram recuperar áreas florestais, especialmente de Reserva Legal, utilizando espécies da Floresta como a própria araucária, erva-mate, bracatinga, cedro-rosa, pessegueiro-bravo, cataia, canela guaicá e espinheira santa.

Os produtores receberam todas as mudas, adubo e uma roçadeira, para apoio no combate a plantas daninhas, e puderam escolher entre três modelos de restauração para implantar em uma área de aproximadamente 1 hectare. Caixas de abelhas nativas sem ferrão também foram distribuídas como mais uma opção de geração de renda, além da realização de treinamentos e a disponibilização de uma cartilha com orientações silviculturais para implantação e manejo inicial das unidades demonstrativas.

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Segundo Erich Schaitza, chefe geral da Embrapa Florestas, “a intenção do projeto é mostrar a viabilidade do plantio de araucária e demais espécies para recuperação de passivos ambientais, mas que o produtor rural veja que também é possível gerar renda.

Ives Goulart, da Embrapa Florestas, explica que “a ideia é que estas áreas sejam vitrines e mostrem a viabilidade do plantio da araucária como recuperação ambiental e geração de renda, junto com outras espécies que compõem seu ecossistema”.

A Gerente de Meio Ambiente da ENGIE Brasil Energia, Karen Schroder, reforça a importância de apoiar iniciativas como essa que alinha geração de renda à conservação ambiental

Jair Weisshaar, produtor rural da Colônia Rio Vermelho, em União da Vitória/PR, considera que “esse projeto é muito bom para nós, pequenos produtores, termos uma experiência com essas plantas nativas da região, que são muito valiosas. Estamos aprendendo muito com o projeto”. Weisshaar implantou sua unidade com araucária, erva-mate e bracatinga e já planeja o futuro: “Esperamos começar a colher a erva-mate antes, já tendo alguma renda. A araucária e a bracatinga demoram mais, mas vai ter as flores para as abelhas, para a produção de mel e certamente uma área protegida com plantas nativas”, comemora.

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A participação do IAT como consultor do projeto foi considerada fundamental. O pesquisador Sergio Silva, coordenador geral do projeto, avalia que “o trabalho com os produtores rurais, aliado à instalação das coleções genéticas, colocam foco na viabilidade de usar a araucária ao mesmo tempo em que se promove sua conservação”. ( com informações Embrapa/Florestas)

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