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Grupo RBJ de Comunicação,
04 de maio de 2024
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Polícia Ambiental liberta aves encontradas em cativeiros

GeralMeio Ambiente

por redação

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A Polícia Ambiental de Francisco Beltrão devolveu a natureza na manhã desta terça-feira (20), 69 pássaros silvestres apreendidos nos últimos meses em ações de fiscalização na microrregião. Algumas dessas aves estavam há 60 dias no Zoológico da Universidade Unisep, em Dois Vizinhos, e passaram por um processo de reabilitação e também de recuperação, já que alguns apresentavam ferimentos. Os demais haviam sido apreendidos segunda-feira (19) em bairros e no interior de Francisco Beltrão, após o recebimento de denúncias anônimas, explicou o Sargento Charles Civa, comandante do Pelotão da Polícia Ambiental. As espécies devolvidas a seu habitat natural são: Tirivas, azulões, pombas brancas, pintassilgos, canários terra, sangue de boi, cardeais e trinca-ferros.

O médico veterinário Felipe Azzolini, responsável pelo zoológico da Unisep, acompanhou a soltura das aves. Segundo ele, todas estão preparadas para voltar ao habitat natural, porém algumas terão maior dificuldade de adaptação pelo fato de estarem há muito tempo em cativeiro, o que acaba prejudicando até mesmo o desenvolvimento da estrutura corporal, comprometendo a capacidade de voar. Azzolini lembra que algumas aves não resistiram aos ferimentos causados pelos maus tratos sofridos no cativeiro e acabaram morrendo durante o processo de reabilitação.

O veterinário destaca a parceria estabelecida entre a Universidade e a Polícia Ambiental, enfatizando que o trabalho feito pelos policiais nos últimos tempos é de fundamental importância para preservação da fauna regional, uma vez que algumas espécies capturadas pelo homem, como o Canário Terra, estão ameaçadas de extinção. Embora vistas facilmente na região, em outras localidades elas praticamente já desapareceram.

A soltura das aves aconteceu na sede do Pelotão da Polícia Ambiental de Francisco Beltrão, onde há uma área de preservação permanente que possibilita a essas aves se adaptarem com facilidade, sem que haja novamente a interferência do homem com intuito de fazer a captura.

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As gaiolas onde as aves eram mantidas e armadilhas usadas para fazer a captura foram destruídas. Quanto as pessoas onde os pássaros foram apreendidos, devem responder por crime ambiental. Além disso, deverão pagar uma multa de cerca de  R$ 500,00 por ave apreendida, afirmou o Sargento Charles Civa. Conforme ele, a polícia ainda está averiguando algumas denúncias e novas apreensões podem ser feitas em breve. Para denunciar qualquer tipo de crime ambiental, basta entrar em contato através do telefone (46) 3527 -1093, não sendo necessária a identificação.

Fotos: Evandro Artuzi/RBJ

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