Neurologista alerta sobre consequências cerebrais em pacientes com Covid-19

As manifestações neurológicas em pacientes com Covid-19 são constantes, como tonturas e dores de cabeça. No entanto, há quem tenha versões mais perigosas dessas manifestações, com sérias lesões.

São percebidas, em muitos pacientes que se recuperaram, sequelas como insistentes dores de cabeça, lapsos de memória e até necessidade de reaprender a andar, falar e comer sozinho. O neurologista, Pedro Schestatsky, que também é especialista em imunidade e saúde, falou ao Departamento de Jornalismo da Rádio Club de Palmas sobre as consequências neurológicas da Covid-19 e suas sequelas. Ouça no player abaixo:

O médico explica que o coronavírus é capaz de promover três tipos de sequelas cerebrais: seja através de lesão pulmonar, afetando a oxigenação do cérebro; seja por meio de uma invasão direta do vírus no cérebro, o que não é comum; ou por meio de sequelas que se manifestam em até seis meses após a recuperação e alta hospitalar do paciente.

Pontuando que a invasão direta do vírus é a mais grave, salienta o especialista que é necessário um acompanhamento efetivo dos pacientes que sofreram o estágio mais grave da doença e conseguiram se recuperar. “Esse paciente tem risco maior dentro de seis meses de desenvolver um AVC, de evoluir para um quadro demencial, de sofrer lesão muscular”, aponta.

Ele alerta para alguns pontos que merecem atenção e podem servir de indicativo de que o paciente pode estar desenvolvendo alguma sequela neurológica. “Quando ele romper um padrão de comportamento, quando começa a esquecer qual é o dia de hoje, local onde está, nomes de pessoas. Esses são sinais importantes de que algo pode estar acontecendo no cérebro dele”, destaca.