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Grupo RBJ de Comunicação,
07 de maio de 2024
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Nereu Moura quer incentivar a adoção de crianças no Paraná

Geral

por redação

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O deputado Nereu Moura, líder do PMDB, quer incentivar a adoção de crianças e adolescentes no Paraná. O parlamentar apresentou esta semana o projeto de lei 258/2016 que institui no Calendário Oficial de Eventos a Semana Estadual de Incentivo à Adoção, a ser realizada no período em que compreende a data de 25 de maio, Dia Nacional da Adoção.

A intenção é conscientizar a sociedade de que toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio de sua família. “Excepcionalmente em família substituta, assegurada à convivência familiar saudável e afetuosa”, ressalta. Nereu Moura busca estimular a adoção legal e humanizada, principalmente às adoções tardias, inter-raciais, de grupos de irmãos e de crianças com necessidades especiais.

“A adoção transforma a vida de uma criança”, afirma o peemedebista. O adotante, segundo ele, precisa ter noção da grande responsabilidade que transforma a própria vida, com uma missão que será para sempre.

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[Grupo RBJ de Comunicação] Nereu Moura quer incentivar  a adoção de crianças no Paraná — Nereu Moura, deputado estadual PMDB. Foto de divulgação
Nereu Moura, deputado estadual PMDB. Foto de divulgação

O instituto da adoção ainda hoje, mesmo após os recentes aperfeiçoamentos legislativos, está longe de atender as necessidades de crianças e jovens que precisam de uma família substituta. Estatísticas oficiais apontam que apenas 3% dos inscritos no cadastro de adotantes aceitam receber crianças maiores de três anos, destaca Nereu Moura.

“Esta situação precisa ser modificada, porque a chamada adoção tardia evita que muitas crianças sejam condenadas a passar toda infância e adolescência, privados do convívio de uma família”, disse. Mesmo que hoje já haja campanhas educativas para os pretendentes, o que se tem feito não tem dado resultado apreciável.

A maioria ainda quer um bebê e as crianças mais velhas continuam presas aos abrigos, justifica o deputado. A adoção é uma das formas mais eficazes para amenizar o drama da criança e do adolescente cujos pais tenham perdido o poder familiar ou desistido do seu exercício.

Contexto

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De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2006, aproximadamente seis mil crianças foram adotadas no Brasil. Mesmo assim, 80 mil crianças ainda vivem em abrigos à espera de uma família. Dessas, apenas 10% estão disponíveis para adoção, 87% delas tem família e cerca de 4% são órgãos.

A Corregedoria Nacional de Justiça, do CNJ, informa que no dia 1º de abril constava no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) um total de 3.913 pretendentes (casais ou pessoas sozinhas) e 815 crianças e adolescentes para adoção no Paraná. Isso significa que para cada criança, há cinco adotantes que poderia ser seus pais, mas não são (e provavelmente não serão).

“O problema é que a maioria das famílias espera por crianças de pouca idade”, afirma Nereu Moura. Dos 3.913 pretendentes à adoção no Estado, somente 35 (ou 0,9% do total) aceitam receber crianças com idade entre 7 e 17 anos.

Essa faixa etária, contudo é a maioria entre as que aguardam por uma família, respondendo por 562 das 815 crianças que esperam pelo acolhimento – ou seja, 69% dos jovens para adoção não se encaixam no perfil desejado pela esmagadora maioria dos adotantes.

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Ainda no Paraná, no ano de 2014, foram 35 adoções de crianças com idade entre 7 e 17 anos (18,72% do total). Em 2015, foram 54 adoções (22,69%), enquanto que em 2016, até o final de março, foram nove (22,5%). “Embora lento, os preconceitos acerca da adoção tardia vão sendo superados”, acredita o parlamentar.

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