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Grupo RBJ de Comunicação,
30 de abril de 2024
Rádios

Médicos estrangeiros são recepcionados na Amsop

Saúde

por Everton Leite

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[Grupo RBJ de Comunicação] Médicos estrangeiros são recepcionados na Amsop — medicos
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O Programa Mais Médicos do Governo Federal foi lançado em julho do ano passado. Desde outubro de 2013, os municípios brasileiros estão sendo contemplados com a vinda de médicos estrangeiros para trabalhar na atenção básica de saúde. O Paraná recebeu 880 profissionais em 320 municípios, sendo que a maioria, aproximadamente 70%, são cubanos e, segundo o tutor da UFPR, Edevar Daniel, responsável por supervisionar o trabalho dos médicos, todos os municípios que solicitaram foram atendidos e a avaliação é positiva.

No Sudoeste, apenas os municípios de Manfrinópolis, Pinhal de São Bento, Salto do Lontra, Santa Izabel D’Oeste, São Jorge D’Oeste e Verê não tem profissionais do Mais Médicos. Ontem, na sede da Amsop, os 33 profissionais que atuam na área de abrangência da 8ª Regional de Saúde foram recepcionados pelo presidente da Associação Regional de Saúde e prefeito de Salgado Filho, Beto Arisi (PMDB), e pelo presidente do Conselho Regional de Secretários de Saúde, Helton Pfeiffer, também secretário de saúde de Salgado Filho.

Na oportunidade, a chefe da 8ª Regional de Saúde, Cíntia Ramos, apresentou a situação da saúde da região aos médicos. Cíntia citou que o governo do Estado investiu R$ 58 milhões, neste ano, nos 27 municípios, ultrapassando o que prevê a emenda constitucional 29, com mais de 12% do orçamento sendo aplicado em saúde. Ela falou ainda que “de nada adianta melhorar a estrutura, se não investirmos em profissionais capacitados. Por isso, os médicos estrangeiros vêm para suprir essa demanda, somando-se àqueles que já estão trabalhando”.

Os gestores municipais estão satisfeitos com o trabalho dos médicos, em virtude do depoimento da secretária de Saúde de Pranchita, Marilene Romio, que destacou a vontade que eles têm em trabalhar e a atenção que dão aos pacientes. Ela reconheceu que os médicos brasileiros querem estar em grandes centros e os cubanos se sentem felizes por poder ajudar em municípios de menor expressão, como os da fronteira. “Para ser ainda melhor, deveria ser liberado para que eles pudessem atender em hospitais, mas o programa não permite essa possibilidade”, lamentou Marilene.

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A secretária de Saúde de Francisco Beltrão, Rose Mari Guarda, participou do evento na Amsop e afirmou que aguarda o 5º Ciclo do Mais Médicos para receber outros profissionais. Atualmente são três médicos que prestam serviços na atenção básica de saúde. O resultado da próxima etapa deve acontecer no final de junho e, se Beltrão for contemplado, esse profissional vai atuar no posto de saúde do Assentamento Missões.

O médico cubano Luiz Alberto Soares Maranjo trabalha em Pranchita há seis meses. Ele afirmou que ainda tem dificuldades com o idioma, mas já se acostumou com a população e com a cidade. O que chamou a atenção dele, desde a chegada no município, foi o alto índice de hipertensos, muito em decorrência de hábitos alimentares errados, e a obesidade.

Para Beto Arisi, que conversou com diversos prefeitos e secretários municipais do Sudoeste, a atuação dos médicos tem sido muito satisfatória, sendo que nenhum profissional teve problemas com troca de receitas, indicação de medicação equivocada ou que tivesse abandonado o projeto. “Todos que vieram, ainda estão aqui e isso é muito bom”, ressaltou Beto.

Edevar afirmou que está pensando no futuro. O contrato dos médicos tem prazo de validade de três anos, com a possibilidade de renovação de mais três. Quando o período de atuação chegar ao limite, o gestor que estiver na administração terá problemas porque a população aprova com mais de 70% a atuação dos médicos.

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