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03 de maio de 2024
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Lobo Guará com ferimento é resgatado por índios em Mangueirinha

GeralMeio Ambiente

por Evandro Carlos Artuzzi

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[Grupo RBJ de Comunicação] Lobo Guará com ferimento é resgatado por índios em Mangueirinha — Animal está sob os cuidados do médico veterinário Felipe Azzolini, do Zoo da Unisep em Dois Vizinhos. Foto de divulgação
Animal está sob os cuidados do médico veterinário Felipe Azzolini, do Zoo da Unisep em Dois Vizinhos. Foto de divulgação

Um Lobo Guará, espécie ameaçada de extinção, foi resgatado nesta segunda-feira (31) em Mangueirinha, no Sudoeste do Estado. O animal foi encontrado na Reserva Indígena, por índios Caingangues.

A Polícia Ambiental (Força Verde) foi acionada e constatou que o animal está com uma das patas fraturada. Ele foi encaminhado ao Zoológico da Unisep (União de Ensino do Sudoeste do Paraná) em Dois Vizinhos, onde ficará sob cuidados do médico veterinário Felipe Azzolini.

O profissional afirmou, em entrevista à Extra FM, que foi realizada uma limpeza no local do ferimento para estabilizar uma infecção e só daqui uma semana, aproximadamente, será realizada uma cirurgia.

A Polícia Ambiental não soube explicar o que teria motivado o ferimento no animal.

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Imagens: Polícia Ambiental 

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Sobre o Lobo Guará

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lobo-guará (nome científicoChrysocyon brachyurus) é uma espécie de canídeo endêmico da América do Sul e único integrante do gênero Chrysocyon. Provavelmente, a espécie vivente mais próxima é o cachorro-vinagre (Speothos venaticus). Ocorre em savanas e áreas abertas no centro do BrasilParaguaiArgentina e Bolívia, sendo um animal típico do Cerrado. Foi extinto em parte de sua ocorrência ao sul, mas ainda deve ocorrer no Uruguai.

É o maior canídeo da América do Sul, podendo atingir entre 20 e 30 kg de peso e até 90 cm na altura da cernelha. Suas pernas longas e finas e a densa pelagem avermelhada lhe conferem uma aparência inconfundível. O lobo-guará é adaptado aos ambientes abertos das savanas sul-americanas, sendo um animal crepuscular e onívoro, com importante papel na dispersão de sementes de frutos do cerrado, principalmente a lobeira (Solanum lycocarpum). Solitário, os territórios são divididos entre um casal, que se encontra no período do estroda fêmea. Esses territórios são bastante amplos, podendo ter uma área de até 123 km². A comunicação se dá principalmente através de marcação de cheiro, mas também ocorrem vocalizações semelhantes a latidos. A gestação dura até 65 dias, com os recém-nascidos de cor preta pesando entre 340 e 430 g.

Apesar de não ser considerado em perigo de extinção pela IUCN, todos os países em que ele ocorre o classificam em algum grau de ameaça, apesar de não se saber a real situação das populações. Estima-se que existam cerca de 23 mil animais na natureza, sendo um animal popular em todos os zoológicos. Está ameaçado principalmente por causa da destruição do cerrado para ampliação da agricultura, atropelamentos, caça e doenças advindas dos cães domésticos. No entanto, é adaptável e tolerante às alterações provocadas pelo ser humano. O lobo-guará ocorre atualmente em áreas de Mata Atlântica já desmatadas, onde não ocorria originalmente.

Algumas comunidades carregam superstições sobre o lobo-guará e podem até nutrir certa aversão ao animal. Mas em geral o lobo-guará provoca simpatia em humanos e por isso é usado como espécie bandeira na conservação do Cerrado.

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