Irmã Ana: Uma vida dedicada aos idosos de Palmas

Uma vida dedicada à evangelização e ao consolo aos necessitados. Essa pode ser a definição para a obra da irmã Ana do Rosário, da Congregação das Irmãs da Consolação e que dirige o Lar dos Velhinhos Nossa Senhora das Graças, de Palmas, sul do Paraná. Dos seus 35 anos de vida religiosa, irmã Ana dedicou dezoito ao Lar dos Idosos, no momento em que recebe uma nova missão. Segundo ela, a Congregação a transferiu para a sua terra natal, a cidade Aerado, no Estado de Minas Gerais.

Conforme irmã Ana, ela não tem conhecimento do que a espera, mas está animada e disposta a enfrentar esse novo desafio. “Sempre que surge uma nova oportunidade, temos de estar com o coração aberto para acolher o que Deus coloca em nosso caminho.”, considerou. Outro fator que aumenta a ansiedade da mudança é o reencontro com familiares que residem no Estado mineiro.

Entretanto, irmã Ana fala com muito carinho e emoção sobre a despedida dos 24 idosos, que hoje são atendidos pelo Lar dos Velhinhos e também dos seus companheiros de trabalho. “Os idosos ficam tristes, mas eu procuro não tocar no assunto, pelo fato deles não terem a presença de suas famílias e a gente acaba se envolvendo, tornando-se a  família deles. Meu coração fica partido, pela ligação afetiva e pela história pessoal que mantemos com cada um.”, diz, emocionada.

Ao deixar sua mensagem de despedida, irmã Ana agradeceu aos seus companheiros de trabalho, bem como à toda a população que a acolheu durante esses 18 anos em que permaneceu à frente do Lar dos Velhinhos. “ Eu quero agradecer a comunidade palmense, todas as pessoas, todos os amigos. Eu devo essa gratuidade, porque eu aprendi muito aqui em Palmas, aprendi no sentido da convivência com os idosos, com as pessoas de diversos setores que nos apoiaram. Eu tenho que expressar esse agradecimento do fundo do meu coração, pelos nossos benfeitores, pelas equipes que trabalharam e trabalham em prol do Lar. Meu coração vai partido, porque um pedaço vai ficar aqui. Vou levar muitas lembranças boas, muitas recordações. Eu agradeço de coração por tudo o que fizeram por mim, porque nesses 18 anos em que eu estive aqui, eu aprendi muito.”, despede-se irmã Ana.