Índices de mortalidade infantil de Palmas são tema de pesquisa científica

Os índices de mortalidade infantil de Palmas foram tema de uma dissertação de mestrado defendida pela enfermeira da Secretaria de Saúde do município, Lucimary Costa, no final do mês de setembro.

Ao Departamento de Jornalismo da Rádio Club, ela destacou a sua experiência, visto que atua no Comitê de Mortalidade Infantil desde 2002, pontuando que Palmas sempre figurou entre as piores posições no ranking de mortalidade em nível regional. Ouça a entrevista no player abaixo:

Tal cenário, justificou a necessidade de ampliar os estudos sobre as características dos óbitos infantis, como forma de prevenir e reduzir esses índices.

A pesquisa focou no levantamento dos dados entre 2011 e 2019, período em o município chegou a registrar 25 óbitos infantis, no ano de 2013, até alcançar o seu menor índice de mortalidade, em 2019.

Dentre os resultados, Lucimary destacou que, ao contrário do que as pesquisas de nível internacional apontam, Palmas apresenta algumas características particulares sobre mortalidade infantil. Por exemplo, segundo as pesquisas, mulheres de raça negra, com múltiplos parceiros e com vários filhos, têm tendência maior do registro de óbito infantil.

Já em Palmas, conforme o levantamento realizado, aferiu-se que a maioria dos casos de mortalidade foram de crianças cujas mães são de raça branca, com anos de estudo, com companheiro fixo ou solteiras. Ressaltou ainda que boa parte dos casos de óbitos, foram de crianças com mães na faixa etária até 19 anos.

Dentre os principais problemas de saúde que as gestantes palmenses apresentam e que é necessária atenção é a hipertensão e a diabetes. Por isso, destaca Lucimary que a prevenção à mortalidade se dá pela execução completa do pré-natal, com aprimoramento das práticas e um acompanhamento completo da vida da gestante, uma vez que os aspectos sociais também influenciam profundamente na gestação.