Grupo que atua em situações de crise nas penitenciárias tem novos agentes
Cotidiano
por redação
Vinte e cinco agentes penitenciários formados nesta semana vão compor a base do Serviço de Operações Especiais (SOE) em Cascavel, região Oeste do Estado. O grupo atua como primeiro interventor em unidades penais e cadeias públicas da região, em situações de crise. Os agentes deverão se deslocar para a região nas próximas semanas, após os procedimentos de transferência.
Equipes do SOE já atuam nas regiões de Curitiba, Maringá e Londrina. Dessa edição do curso, participaram 74 pessoas, sendo 65 agentes penitenciários e nove convidados (guardas municipais e policiais militares). Do total, 54 conseguiram finalizar o curso, que teve dez dias de duração, o equivalente a 120 horas de treinamento intensivo no Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
A base dos 25 integrantes do SOE Cascavel – que engloba atuação em Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu – foi definida conforme ordem de classificação no curso de formação. Os demais participantes retornam às unidades penais de origem e compõem o cadastro de reserva para novas chamadas para o grupo de elite.
“Esses servidores resolveram se dedicar e se aperfeiçoar mais. Agradeço a todos por procurarem cada vez mais a profissionalização no trabalho que desenvolvem”, disse o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, na formatura ocorrida na quinta-feira (12). O deputado estadual Mauro Moraes foi paraninfo da turma.
O diretor do Departamento de Execução Penal (Depen), Luiz Alberto Cartaxo Moura, ressaltou os obstáculos e nível exigido para finalizar o curso de formação. “O grupo SOE busca a excelência na área da segurança penal através do aprimoramento técnico”, afirmou ele.
O SOE é formado por agentes penitenciários do quadro efetivo do Depen e que passam por processo seletivo para participar do grupo especial. Eles recebem treinamento em técnicas de intervenção em ambiente prisional, imobilização, gerenciamento de crise, direitos humanos, manutenção e manejo de armamento e tiro.
A agente penitenciária Rosane Correia, lotada no Centro de Reintegração Feminino de Foz do Iguaçu, falou sobre o desafio enfrentado no curso. “Os três primeiros dias foram os mais difíceis, até o corpo se habituar ao treinamento intenso. Nesse momento é preciso ter resistência emocional para seguir adiante. E isso é importante, porque é a realidade que iremos enfrentar em situações de crise”, opinou Rosane.
“O SOE é grupo extremamente competente, com uma técnica de intervenção avançada, com pessoas especializadas no que fazem e pudemos aprender muita coisa que iremos levar para as unidades penais. Estou ansioso para começar a atuar na base de Cascavel”, disse o agente penitenciário Samuel Gomes, lotado na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu.