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Grupo RBJ de Comunicação,
03 de maio de 2024
Rádios

Federação das Indústrias de Santa Catarina cobra investimentos em rodovias da região Oeste

Estudo elaborado pela entidade analisou a situação de 1,2 mil quilômetros de rodovias estaduais na região.

Geral

por Guilherme Zimermann

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Foto: FIESC/Divulgação
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A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) elaborou um estudo sobre a situação de 1,2 mil quilômetros de rodovias estaduais nas regiões Oeste, Extremo-Oeste e Vale do Contestado. Os dados foram apresentados em reunião híbrida na última semana, com cobranças do setor produtivo por mais investimentos em restaurações das rodovias das regiões.

Em entrevista à Rádio Club de Palmas, o secretário-executivo da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, apontou que os trechos levantados no estudo, demonstram que a qualidade da manutenção e as operações tapa-buracos, já não atendem às necessidades de preservação das estradas. Ouça no player abaixo:

Conforme apresentado pela FIESC, os principais problemas das rodovias são pavimento trincado, desagregado, pista com afundamento e recalque, buracos e deslocamento de microrrevestimento no asfalto. No estudo são destacados ainda os trechos em que a situação é mais crítica e demanda uma ação urgente. Alguns desses trechos, destacados em negrito, são de extrema importância também para a região de Palmas, dada a circulação entre as regiões e o escoamento das produções industrial e agrícola:

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SC- 283: Segmentos Concórdia/ Arabutã/ Seara/ Arvoredo/ Chapecó

SC- 283: Segmento Águas da Prata/ Palmitos/ Caibi/ Riqueza

SC- 305: Segmento Campo- Erê/ São Lourenço do Oeste

SC- 155: Segmento Xavantina/ Seara

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SC- 155: Segmento de Abelardo Luz/ Divisa com o PR

SC- 480: Segmento do Contorno de Xanxerê e até Bom Jesus

SC- 161: Segmento de Anchieta/ Palma Sola/ Divisa PR

SC- 160: Segmento Bom Jesus do Oeste/ Serra Alta/ Modelo/ BR-282

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SC- 163: Segmento Descanso/ Iporã do Oeste (necessitando 3ª faixa)

SC- 452: Segmento Monte Carlo/ Liberata

SC- 120: Segmento Lebon Régis/ Marombas/ Curitibanos

SC- 350: Segmentos Santa Cecília/ Lebon Régis e Caçador/ Taquara Verde/ BR-153/SC

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SC- 135: Segmento São Miguel da Serra/ Matos Costa/ Calmon/ Caçador

SC- 465: Segmento Macieira/ Rodovia SC-350 (Taquara Verde)

SC- 150: Segmento Herciliópolis (BR-153) / Água Doce

Durante a apresentação, a FIESC destacou a importância do Oeste para a economia de Santa Catarina, pois a região sedia empresas multinacionais e está no planejamento de outras para a instalação de novas unidades. Outro ponto comentado por Martorano é o impacto que a infraestrutura e logística têm no valor da produção. “De cada R$ 1,00 investido na produção industrial, R$ 0,14 são custos de logística”, revelou, pontuando a necessidade de maiores investimentos do Estado no setor.

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Segundo Martorano, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina, Thiago Vieira, demonstrou-se sensível às demandas apresentadas, apresentando, inclusive, números sobre os investimentos realizados pelo atual governo na restauração de rodovias. Porém, números considerados muito abaixo do ideal para a manutenção da malha rodoviária.

Conforme o estudo da FIESC é necessário investir cerca de R$ 210 milhões por ano para manter a malha estadual. Esse valor representa 1% do patrimônio rodoviário catarinense, avaliado em R$ 21 bilhões.

Outro ponto comentado pelo secretário da Câmara de Transporte e Logística da FIESC foi a possibilidade de concessão de rodovias estaduais. Ele afirma que o assunto é defendido pela Federação, sobretudo em um modelo que não exija grandes investimentos, mas que se concentre na conservação efetiva das rodovias, o que garantiria também valores baixos de tarifas. “O Estado possui muitas obrigações em áreas como saúde e educação e, ao meu ver, além de ele não ser competente na gestão de infraestrutura, ele não tem os recursos para atender essa área, por isso a necessidade da participação da iniciativa privada”, considerou

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