Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
28 de abril de 2024
Rádios

Evento no sudoeste discute organização e gestão cooperativas

Sebrae

Geral

por redação

Publicidade

Empreendedores, técnicos, produtores rurais e membros da administração municipal de Francisco Beltrão participaram, em setembro, de uma  oficina sobre formação e atuação de cooperativas. Realizada graças a uma parceria entre Sebrae/PR e Prefeitura de Francisco Beltrão, por meio das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico e de Desenvolvimento Rural, o evento, que reuniu 40 pessoas para discutir cooperativismo básico e viabilidade econômica, contou com o apoio do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-PR).

A oficina de trabalho foi conduzida por João Gogola Neto, coordenador de desenvolvimento cooperativo do Sescoop-PR e contador com especializações nas áreas de auditoria, gestão, perícia, análise econômica e controladoria. Com a experiência de mais de dez anos de atuação no segmento, João Gogola abordou com o grupo temas como tributação, tipos de cooperativas, pilares para a viabilidade econômica de uma cooperativa, deveres de cooperados, além de falar sobre a história do cooperativismo e o que define uma cooperativa.

“A prática da cooperação educa as pessoas desenvolvendo uma mentalidade mais aberta, flexível, participativa, humana e solidária. Esse conceito dá origem à cooperativa que de forma bem objetiva é uma organização de pessoas unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns”, descreve Gogola.

Sobre os fundamentos, os pilares da viabilidade econômica de uma cooperativa, tema discutido no evento, o especialista do Sescoop-PR, enumera quatro pontos, que são a necessidade coletiva, vontade e compromisso, viabilidade econômico e financeira, além da sustentação legal.

Publicidade
Publicidade

“De uma cooperativa que atenda exatamente o que se espera de cada um desses pilares, o resultado será o sucesso”, destaca Gogola, que trouxe exemplos de cooperativas que foram exitosas na sua atuação e também outras que não deram certo.

A região sudoeste do Paraná possui hoje 32 cooperativas nos ramos agropecuário, crédito, educacional, infraestrutura, saúde e transporte.  Em Francisco Beltrão, está sediada a maior cooperativa de transporte do Paraná que é a Coptrans (Cooperativa de Transportes 14 de Dezembro), a primeira cooperativa de crédito vinculada à atividade de transporte, além de singulares dos Sistemas Sicoob, Sicredi, Uniprime e Unimed. Na atividade agropecuária, a região também se projeta com um crescimento de 14,1% de 2011 para 2012.

“Em 2012, o sudoeste paranaense foi responsável por 4,3% da movimentação econômica das cooperativas agropecuárias do Paraná”, destaca Gogola.

Para o consultor do Sebrae/PR, Nézio José da Silva, a oficina foi importante para o grupo formado por pessoas que integram cooperativas e outros que estão em fase de formação, uma vez que detalhou conceitos e desafios para o segmento. “Foi estratégico debater com o grupo esses fundamentos, afinal falamos de um modelo que requer uma cultura de confiança entre as pessoas. Coperar significa priorizar a cooperativa e sem a cooperação não tem cooperativa, sem a viabilidade econômica também não. Portanto, vários aspectos são importantes para sua viabilidade, o que podemos acompanhar em exemplos de cooperativas bem-sucedidas na região”, comenta.

Publicidade
Publicidade

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Francisco Beltrão, Jovelina Chaves, destaca que a administração municipal prevê um eixo de atuação sobre o cooperativismo na sua pasta. Por isso, a importância de promover uma oficina sobre o tema e envolver pessoas que já atuam em cooperativas e outras que estudam a formação de novas. “Foi uma boa iniciativa em parceria com o Sebrae/PR e a Ocepar/Sescoop-PR, que trouxe informações precisas sobre a organização de uma cooperativa. Sem dúvida serviu para quem já está no ramo e também para os que pensam em formar uma nova entidade”, pondera.

Geferson Luiz Pit, que,  juntamente com 24 empreendedores, está  formando uma cooperativa no ramo leiteiro,   participou e aprovou o evento. “Além de mostrar os passos para a formação, definir cooperação e cooperativa, o evento apresentou modelos que deram certo e outros que não tiveram êxito. Tudo isso foi importante para nossa proposta de formar uma cooperativa de leite, com produtores rurais e empresários vinculados à produção leiteira na região”, analisa.

Quem já está no ramo como é o caso de Ivanir Schmitz, que preside da Cooperativa Regional dos Vitivinicultores do Sudoeste do Paraná (Coopervin), também destaca que o evento agregou informações  para a cooperativa.  “Todo conteúdo que envolve o tema cooperativismo é importante. Atualizar as informações e discutir temas pertinentes ao meio são sempre importantes para quem está no mercado”, completa o presidente da Coopervin, que conta com 30 associados em sete municípios da região. 

No Brasil, as cooperativas são classificadas conforme sua atividade. A classificação pode ser de 13 tipos, que denominamos ramos do cooperativismo, e são eles: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, infraestrutura, habitacional, mineral, produção, saúde, trabalho, turismo e lazer, transporte de cargas e passageiros.

Publicidade