Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
27 de abril de 2024
Rádios

Especialista em construção civil apontou cenário para o Sudoeste

Pato Branco - Francisco Beltrão

Geral

por redação

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O cenário da construção civil no Brasil, no Estado e na região sudoeste foi explanado pelo consultor credenciado do Sebrae/PR e especialista na área, Marcos Kahtalian, no ciclo de palestras da V Feira Casa & Construção, na noite da última quinta-feira, dia 18.  Profissionais do setor e acadêmicos prestigiaram a apresentação, que trouxe um amplo estudo sobre a demanda habitacional e o perfil do segmento imobiliário.

A palestra “Oportunidades e riscos para o setor da construção civil, cenários e tendências 2013-2014”, traçou um paralelo referente à evolução da construção civil nos últimos anos, frisando que as perspectivas do mercado nacional são aplicáveis ao Paraná e ao Sudoeste. Kahtalian lembrou que o segmento passou por um expressivo crescimento a partir de 2009, e começou a se estabilizar em 2011.

“O cenário para construção no Brasil, Paraná e na região sudoeste é o mesmo, de crescimento moderado. Para 2013 e 2014, continua positivo na região, porque tanto Pato Branco como Francisco Beltrão têm taxas de crescimento demográfico positivo e o volume de alvarás lançados equivale às demandas das cidades”, apontou.

Nesse ritmo, as duas principais cidades do Sudoeste, Pato Branco e Francisco Beltrão, destacam-se pelo fluxo de obras. Pato Branco liberou 902 alvarás em 2012, número que representa 323.138 metros quadrados de obras. Em contrapartida, Francisco Beltrão liberou 860 alvarás no mesmo período.

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O palestrante lembra que em 2011 e 2012 o setor manteve o mesmo ritmo. “O que é bom, mostra um cenário equilibrado nos principais municípios da região”, avaliou. No entanto, Kahtalian frisou que a relação entre domicílios e empreendimentos comerciais está desproporcional no município. Enquanto em 2012, 746 alvarás para residências foram solicitados junto à Prefeitura, para edificações comerciais foram 55.

A verticalização de Pato Branco e Francisco Beltrão também foi abordada pelo consultor. Enquanto em 2000, o número de apartamentos chegava a 2.036 unidades em Pato Branco, representando 10% dos domicílios, em 2010 a margem aumentou 5%, quando a cidade chegou a 3.528 apartamentos. Já Francisco Beltrão possuía 1.148 apartamentos em 2000, o equivalente a 5% do total de domicílios. Em 2010, os apartamentos no município totalizavam 2.688 unidades, o equivalente a 10% das residências.

A perspectiva para o setor regional apontada por Kahtalian é positiva, mas exige inovação por parte dos empresários. “Existe demanda, sim, mas tem limite. E os limites da cidade têm que ser respeitados. Talvez, seja necessário fazer ajustes na sua estratégia do negócio. Mas, sem dúvida, a perspectiva é favorável para as empresas que, a médio e longo prazo, souberem se posicionar no cenário, que é positivo, de construção, de crescimento e de sustentabilidade, tanto no Brasil quanto na região sudoeste”, ressaltou.

Segundo Kahtalian, a falta de mão de obra qualificada e a ausência do uso de tecnologias na construção civil são os principais problemas do setor. “A alternativa é o ganho da produtividade com produção industrializada. Demanda tem, mas não para o sistema tradicional, que tem o custo mais alto, o prazo mais longo, dentre outros. Algumas empresas já usam essa tecnologia, e com sucesso”, ponderou. 

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Diante do crescimento moderado do setor para os próximos dois anos, o palestrante observou algumas oportunidades. Entre elas, o incremento de tecnologia na obra; diferenciação de oferta; maior produtividade com a construção industrializada; obras públicas e privadas de grande porte; prestação de serviços especializados; verticalização e espaços comerciais.

Para o coordenador estadual da Construção Civil do Sebrae/PR, Edison Charavara, a palestra trouxe a realidade do setor, que precisa de mais tecnologia para continuar em crescimento. “O modelo da construção está se alterando naturalmente. Há uma carência de inovação, de investimento tecnológico, de mão deobra, o que deve levar o setor a migrar para modelos de industrialização. Isso impacta na cadeia exigindo mais produtividade, qualidade e tecnologia”, completou.

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