Escola Sagrado Coração analisa projeto educacional 2030
Educação e CulturaGeral
por Juliana Raddi
O projeto “Escola 2030” pretende oferecer ensino em tempo integral com estrutura curricular diferenciada, para o desenvolvimento de conhecimentos e competências das crianças ao longo das etapas da educação básica, possibilitando assim, que o município se torne um polo educacional de referência e excelência no Paraná.
Desde a aprovação muitas dúvidas e críticas surgiram. A Escola Municipal Nossa Senhora do Sagrado Coração, no Bairro Padre Ulrico, vive momentos de apreensão, já que será a primeira a receber o projeto.
A diretora da escola, Carmem Taffarel, comenta que a grande preocupação sempre foi formar um grupo de qualidade e que apresente resultados, “nosso grupo de professores é muito competente, desempenha seu trabalho em sala de aula com muito êxito e apresenta bons resultados nos últimos anos, fruto de trabalho e esforço. Nossas crianças são tratadas com muito carinho por todos e a gente fica apreensivo com essa questão de se fazer uma seleção de professores, porque de repente eu posso não querer fazer essa avaliação, essa seleção”.
A escola conta atualmente com 730 crianças, 36 salas do tempo regular, dez turmas para o tempo integral e duas turmas de multifuncional. Do quadro do regular, 46 professores efetivos, todos concursados, sendo que a grande maioria se recusa a realizar o teste seletivo. “Temos uma preocupação grande de separar esse grupo, que montamos com muito trabalho, durante anos. O nosso sofrimento maior é por ver a angústia no coração dos nossos professores”.
Ela critica o fato de o projeto dizer que será feito uma seleção e os melhores professores estarão lá, “não é uma prova que mede o melhor professor, nós somos os melhores porque estamos lá, sem gratificação nenhuma para estar em sala de aula, escolhemos estar lá por amor à aquelas crianças”.
O posicionamento não é contra o projeto da escola 2030, a Diretora destaca que, “tudo que for de bom para os alunos nós queremos trazer para escola, inclusive todos os projetos que são oferecidos tanto pelo Governo Federal, Estadual e Municipal a gente abraça de coração para agregar”.
A maior crítica, segundo a professora Carmem Pereira é pela maneira com que o projeto está sendo colocado, sem conversas prévias, “foi imposto, a escola de vocês vai ser isso e vai passar por isso e pronto, acabou”. Desse modo, na próxima terça-feira (19), às 19h, haverá uma audiência pública na Câmara de Vereadores para discutir o assunto.
Confira a entrevista na íntegra: