Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
04 de maio de 2024
Rádios

Dom Edgar comenta encíclica do Papa chamando o povo à santidade

GeralReligião

por Ivan Cezar Fochzato

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O Bispo de Palmas/Francisco Beltrão conclamou aos Diocesanos à leitura e conhecimento da nova Exortação Apostólica pelo Papa Francisco sobre a chamada à santidade no mundo atual. Na mensagem semanal, Dom Edgar Xavier Ertl, aborda sobre os cinco capítulos do documento em que o Sumo Pontífice esclarece que todos são chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.

Acrescenta, Dom Edgar, que a santidade não é uma prerrogativa para bispos, sacerdotes, religiosas/os, pessoas dedicadas à oração, à contemplação. “ Procuremos, portanto, irmãos caríssimos, ler Exortação Apostólica em família, na catequese, nos encontros de todas as pastorais, movimentos, retiros etc”, motivou o bispo Diocesano.

Chamados à santidade no mundo atual

O Papa Francisco publicou outra Exortação Apostólica. Trata-se da “Gaudete et Exsultate” – “Alegrai-vos exultai” (cf. Mt 5,12) – sobre a chamada à santidade no mundo atual. O Documento papal divide-se em cinco capítulos, distribuídos em 177 artigos densos de teologia, espiritualidade, exemplos concretos de santidade e caminhos para alcançá-la. . Chamada à santidade. . Dois inimigos sutis da santidade. . À luz do Mestre. . Algumas características da santidade no mundo atual. . Luta, vigilância e discernimento.

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Às páginas introdutórias Francisco adverte aos leitores de maneira despretensiosa, marca registrada de seu pontificado: “Não se deve esperar aqui um tratado sobre a santidade, com muitas definições e distinções que poderiam enriquecer este tema importante ou com análises que se poderiam fazer acerca dos meios de santificação. O meu objetivo é humilde: fazer ressoar mais uma vez a chamada à santidade, procurando encarná-la no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades, porque o Senhor escolheu cada um de nós ‘para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor’ (cf. Ef 1, 4)” (n. 02).

A santidade não é uma prerrogativa para alguns escolhidos de Deus, tais como os bispos, sacerdotes, religiosas/os, pessoas dedicadas à oração, à contemplação. Francisco declina quem são os chamados à santidade: “Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais” (n. 14).

No cap. 3º o Papa pede-nos que olhemos para Jesus Cristo, que nas bem-aventuranças de Mateus 5,3-12, com toda a simplicidade, explicou o que é ser santo. As bem-aventuranças, segundo o Pontífice, “são como que o bilhete de identidade do cristão” (n. 63), dito de outro modo, “o que é necessário fazer para chegar a ser um bom cristão”. Sintetiza o Sermão da Montanha em oito pontos fundamentais para atingir a santidade no cotidiano da vida: – ser pobre no coração: isto é santidade; – reagir com humilde mansidão: isto é santidade; – saber chorar com os outros: isto é santidade; – buscar a justiça com fome e sede: isto é santidade; – olhar e agir com misericórdia: isto é santidade; – manter o coração limpo de tudo o que mancha o amor: isto é santidade; – semear a paz ao nosso redor: isto é santidade; – abraçar diariamente o caminho do Evangelho mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade (cf. nn. 63-94).

Francisco, no cap. 4º propõe-nos algumas características da santidade no mundo atual. Ele chama de cinco grandes manifestações do amo de Deus e ao próximo. A primeira desta característica é “permanecer centrado, firme em Deus que ama e sustenta” (n. 112). A segunda é alegria e o sentido do humor que devemos viver. Ser cristão é “alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17). A ousadia e ardor é outra característica da santidade porque Deus é sempre novidade (cf. n. 129ss). A vivência em comunidade, como espaço teológico onde se pode experimentar o Cristo ressuscitado, vai aos poucos se transformando em comunidade santa e missionária (cf. n. 140ss) é a quarta característica. Por fim Francisco diz que a oração constante torna a pessoa com espírito orante, que tem necessidade de comunicar-se com Deus, na solidão, por alguns tempos de silêncio profundo, meditando, ruminando Sua Palavra (cf. n. 147ss).

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Procuremos, portanto, irmãos caríssimos, ler Exortação Apostólica em família, na catequese, nos encontros de todas as pastorais, movimentos, retiros etc. Vamos conhecê-la com desejo de crescermos em santidade para melhor seguirmos Jesus Cristo, o “Santo de Deus” (Jo 6,69) como disse Pedro.

Dom Edgar Ertl

 

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