Câmara de Vereadores cria campanha de conscientização dos direitos dos surdos em Francisco Beltrão

Votado e aprovado em primeiro turno na sessão ordinária da última segunda-feira (04/09), e em segundo turno na terça-feira (05/09), o projeto de lei 40/2023, de autoria do Poder Legislativo, cria a campanha Setembro Azul, voltada à conscientização e promoção dos direitos das pessoas surdas em Francisco Beltrão.

A proposta é do vereador Silmar Gallina (PSDB), que justifica que o mês de setembro tem algumas das datas mais significativas para a comunidade surda, tanto brasileira quanto mundial. Entre os dias 6 e 11 de setembro de 1880, durante um congresso sobre a surdez realizado na cidade de Milão, Itália, decidiu-se que a leitura labial seria o método preferencial para a comunicação dos surdos e, a partir de então e durante longo tempo, proibiu-se o ensino das línguas de sinais, com grandes prejuízos para a comunidade, data que ficou marcada na história.

A ONU declarou o dia 23 de setembro o Dia Internacional da Língua de Sinais, a data foi escolhida em razão da criação da Federação Mundial de Surdos, instituição que tem representação em mais de 100 países que luta pelos direitos das pessoas surdas e pelo reconhecimento da Língua de Sinais e promoção de acessibilidade.

Na semana dos dias 20 à 26 de setembro, desde 1958 é comemorado pela Federação Mundial de Surdos (WFD) a Semana Internacional dos Surdos que visa trazer mais conscientização na sociedade a respeito da Comunidade Surda, História dos Surdos, Cultura Surda, Educação de Surdos e Língua de Sinais.

No dia 26, comemora-se o Dia Nacional dos Surdos, pois nessa data, no ano de 1857, criou-se a primeira Escola de Surdos no Brasil, atualmente conhecida como INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), na cidade do Rio de Janeiro.Por fim, o dia 30 foi escolhido como Dia Internacional do Surdo e, essa data também foi reconhecida como dia internacional do tradutor.

A Federação Mundial de Surdos (WDF) divulgou a bandeira oficial da comunidade surda internacional. A criação de uma bandeira separada para surdos é passo importante para promover a visibilidade e o reconhecimento do povo surdo. A bandeira serve como um símbolo de identidade e pertencimento para pessoas surdas em todo o mundo.

Depois de explanar todas essas informações no plenário da Câmara, o vereador Silmar disse ainda que irá cobrar ações efetivas dentro desse projeto, garantindo políticas públicas para a comunidade surda. “O projeto foi aprovado por unanimidade e isso demonstra o entendimento e a sensibilidade do nosso Legislativo. Agora vamos trabalhar para que esse mês de conscientização possa se tornar uma série de ações práticas que beneficiem todos que se enquadram nesse projeto, garantindo mais qualidade de vida”, comenta vereador, que agradeceu ainda os vários membros da comunidade surda que acompanharam a sessão da Câmara junto com alunos do Colégio Suplicy, onde existem três turmas inclusivas, com diversos alunos surdos.

Agora o projeto segue para o Executivo e, se sancionado pelo prefeito, a lei entra em vigor a partir da data de publicação.

Romeu Junior com informações da Assessoria