Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
30 de abril de 2024
Rádios

Bispos do Paraná realizam trabalho de grupo dentro da dinâmica da 59ª Assembleia Geral da CNBB 

A relação entre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e o Sínodo 2023 foi o tema.

GeralReligião

por Luiz Carlos

4
Publicidade

Na tarde de quarta-feira, 27 de abril, terceiro dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB, os bispos do Regional Sul 2 da CNBB (Paraná) reuniram-se numa sala específica do Zoom para um momento de trabalho de grupo. Dentro da dinâmica da Assembleia, a Comissão do Tema Central propôs que cada regional respondesse algumas questões, a fim de ajudar na reflexão sobre a relação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023) e o Sínodo 2023.

O bispo de Guarapuava (PR) e secretário do Regional Sul 2 da CNBB, dom Amilton Manoel da Silva, conduziu a reunião. As perguntas que nortearam o diálogo foram: Em que medidas as atuais DGAE contribuem para uma Igreja Sinodal? Que aspectos devem ser mantidos e repensados? 3. Que outros aspectos devem ser considerados? Mantemos as atuais DGAE ou precisaremos iniciar a construção de novas Diretrizes?

Em cerca de 50 minutos, os bispos dialogaram sobre as questões, concordando em muitas delas. Sobre a primeira questão, por exemplo, foi unânime a resposta de que as DGAE oferecem uma contribuição positiva para que a Igreja seja, cada vez mais, sinodal. “São as DGAE que ajudam na elaboração dos nossos planos pastorais diocesanos, seguindo toda realidade que nos é apresentada. Elas ajudam a fazer da Igreja um lugar de sinodalidade”, afirmou o bispo de União da Vitória (PR), dom Walter Jorge Pinto.

Sobre os aspectos que devem ser mantidos ou repensados, os bispos concordaram que a estrutura atual, com os quatro pilares, como de uma casa: “pão, palavra, caridade e ação missionária”, deve ser mantida. Houve também a insistência de que permaneça e seja melhor evidenciada a dimensão da missionariedade.

Publicidade
Publicidade

“A questão da missionariedade, que perpassa todas as DGAE, precisa ser mantida e evidenciada. Quando perguntamos para o Papa Francisco se seria convocada uma nova Conferência Latino Americana, ele disse que não, pois Aparecida ainda precisava ser colocada em prática. Toda questão da missionariedade é atual e sempre será”, disse o bispo de Paranavaí (PR), dom Mário Spaki.

Quanto ao que precisa ser repensado e considerado nas DGAE, alguns bispos destacaram a questão do contexto atual da pós-pandemia, ser inserida a questão do diálogo e da escuta, da família, da vocação, dos desafios pastorais para chegar à juventude, dos leigos e dos conselhos pastorais.

“Os pilares propostos pelas DGAE devem ser mantidos, mas sem esquecer que o contexto é outro. Penso que seja necessário reestruturar a parte interna, a partir da pandemia e da proposta do Sínodo. Muitos contextos mudaram nesses últimos dois anos e precisamos discernir a partir do novo contexto, pois houve uma mudança estrutural na sociedade”, refletiu o bispo da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão (PR), dom Edgar Xavier Ertl.

Refletindo sobre a última questão, de manter ou iniciar a construção de novas Diretrizes, o bispo de Ponta Grossa (PR), dom Sergio Arthur Braschi, fez uma partilha que foi concorde entre os bispos. Ele contou que a Assembleia Geral que precedeu a Conferência de Aparecida, em 2007, seria de redação de novas diretrizes, porém, os bispos optaram por adiar para o próximo ano essa redação, a fim de que pudessem aproveitar o Documento de Aparecida, que deveria sair ainda naquele ano. “Ano que vem, vamos fazer novas diretrizes e depois irá acontecer o Sínodo, em Roma. Penso que seria mais prudente esperar a conclusão desse Sínodo, que vai trazer em nível mundial, muitas reflexões, para aí sim trabalhar em novas diretrizes”, afirmou o bispo. Dom Amilton foi um dos que expressaram concórdia à proposta de dom Sergio Braschi, comentando: “Nós ficamos dois anos, praticamente, parados com a pandemia, então, mais um ano ajudaria bastante para sentir e aplicar melhor essas DGAE”. Após a reunião, dom Amilton apresentou a todo o episcopado brasileiro a síntese das respostas dos bispos do Paraná.

Publicidade
Publicidade

A partir da síntese das respostas de todos os regionais, a Comissão do Tema Central irá elaborar um texto com os destaques dessa escuta e enviar, até o mês de julho, a todos os bispos. Na segunda etapa da Assembleia Geral, a ser realizada de 29 de agosto a 2 de setembro, em Aparecida (SP), acontecerá o aprofundamento do tema e as indicações para as próximas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, a serem publicadas em 2023.

(Karina de Carvalho – Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2)

Publicidade