Comerciantes se manifestam contra fechamento do comércio em Francisco Beltrão
Cotidiano
por Romeu Junior
Com bandeiras do Brasil e manifestações sonoras de “Beltrão não pode parar”, dezenas de comerciantes de diversos segmentos do comércio geral, prestação de serviços e do setor gastronômico se reuniram por volta das 11 horas da manhã deste sábado (04) no cruzamento das ruas Octaviano Teixeira dos Santos com a Tenente Camargo onde estão localizados os prédios da Câmara de Vereadores e da Prefeitura de Francisco Beltrão. O objetivo, segundo os organizadores, foi de mobilizar e tentar um diálogo com o prefeito Cleber Fontana que emitiu um novo decreto durante a sexta-feira (03) determinando o fechamento do comércio local por mais 12 dias devido as precauções da COVID-19.
As novas determinações do decreto nº 170/2020 “prorroga por mais 12 (doze) dias corridos, a partir do dia 05 de abril de todos os efeitos do Decreto Municipal nº 156 de 19 de março de 2020 para enfrentamento da pandemia decorrente do novo coronaírus (COVID-19)”. Os empresários alegam que já estão amargando prejuízos, demissões e que seria possível reabrir a maioria dos estabelecimentos comerciais com restrições e fiscalizações mais severas por parte das autoridades de saúde e sanitárias. Até o final da manifestação o prefeito de Francisco Beltrão Cleber Fontana não havia se manifestado sobre o novo decreto e a reivindicação dos empresários.
Ainda no final da manhã do sábado, entidades que representam a classe empresarial de Francisco Beltrão emitiram a seguinte nota:
“A Associação Empresarial de Francisco Beltrão (ACEFB), o Sindilojas de Francisco Beltrão e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Francisco Beltrão, se posicionaram na tarde desta sexta-feira, 3 de abril, em nota enviada ao prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana, quanto à possibilidade de reabertura do comércio local. As entidades entendem que “a Saúde Pública se sobrepõe ao contexto econômico e sempre age pautada na legalidade, tanto na esfera municipal, estadual e federal. Contudo, entendem também que o fator econômico impacta fortemente na capacidade de as famílias fazerem frente às suas necessidades básicas, inclusive na saúde. Assim, acreditam ser necessário o encaminhamento no sentido de flexibilização quanto à abertura das atividades econômicas ainda restritas em Francisco Beltrão. Entretanto, salientam que é indispensável que esta flexibilização venha acompanhada de um cronograma e um protocolo rígido de procedimentos e também que ocorra a efetiva fiscalização, sob pena de se colocar em risco todo o resultado positivo já conquistado com as medidas tomadas e que tanto transtorno – ainda que necessário – causaram. Por fim, esperam e torcem por uma regulamentação mais específica advinda da União e do Estado do Paraná, a fim de unificar o entendimento de que todos estarão protegidos, tanto na saúde quanto na economia”.