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Grupo RBJ de Comunicação,
04 de maio de 2024
Rádios

Atendimento de saúde em jogo

Saúde

por redação

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[Grupo RBJ de Comunicação] Atendimento de saúde em jogo — Hospital Policlínica Chopinizinho / Foto: Edson Zuconelli
Hospital Policlínica Chopinizinho / Foto: Edson Zuconelli

A saúde é ponto central de qualquer cidade, muito se debate sobre seus avanços e principalmente investimentos. Ela é sempre lembrada nos períodos eleitorais ou quando surgem problemas. E nesta semana apareceu um, o qual vem se arrastando há meses.

Uma decisão dos diretores do Hospital Policlínica de Chopinzinho, anunciada nesta segunda-feira (26) vai colocar um fim na renovação do contrato de sobreaviso, e dentro de 90 dias deve ocorrer o rompimento de atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

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Segundo um dos diretores do hospital, o médico João Carlos Guarienti, “a partir do fim deste mês encerra o plantão do sobreaviso do hospital. Como está há um ano e quatro meses atrasados, os médicos estão desmotivados, alguns já saíram. Estamos tentando levar até o fim do mês, mas a gente não vai renovar o contrato e encerrar o sobreaviso”.

O atraso se refere ao dinheiro destinado através do poder público para pagar os médicos. Estimativa dos diretores este valor ultrapassa R$ 1 milhão. Com o fim do contrato, aos poucos vai inviabilizar outros procedimentos de urgência e emergência, “a ausência do sobreaviso vai inviabilizar o atendimento do médico plantonista de emergência”.

Outra decisão adotada com o rompimento do contrato é o descredenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos solicitando o descredenciamento do SUS”. Afirma Guarienti.

A medida pode afetar diretamente e indiretamente aproximadamente 40 mil pessoas, pois o hospital atende pacientes de Chopinzinho, São João, Saudade do Iguaçu e Sulina. O descredenciamento deve ocorrer no prazo de 90 dias.

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[Grupo RBJ de Comunicação] Atendimento de saúde em jogo — Médico João Carlos Guarienti / Foto: Francione Pruch
Médico João Carlos Guarienti / Foto: Francione Pruch

A diretoria também alegou déficit financeiro e destacou que o valor pago pelo SUS está muito abaixo do praticado pelo mercado, “o hospital vem tendo um déficit financeiro. Com toda estrutura, contando com a entrada do particular, dos convênios e do SUS não cobre a despesa do hospital. Para manter o hospital, ele retém honorário dos médicos. Então além de não receberem o sobreaviso, passa a ser retida parte da renda de convênio particular que o hospital segura para manter a atividade, as contas e folha de pagamento”. Frisa o diretor.

Com o atraso do sobreaviso e déficit do hospital, o montante pode chegar a R$ 2 milhões e 500 mil.

 

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Entra num acordo ou se cria um Pronto Atendimento

A situação trouxe preocupação para os moradores de ambas as cidades. Pois caso hospital venha a romper com o SUS, muitos atendimentos serão deslocados ao município de Pato Branco, podendo gerar mais de uma hora somente em deslocamento para atender urgências.

[Grupo RBJ de Comunicação] Atendimento de saúde em jogo — Prefeito Masetto e Secretário da Saúde Ivo Liciano
Prefeito Masetto e Secretário da Saúde Ivo Liciano

O Prefeito de Chopinzinho Rogério Masetto (PV) e o Secretário Municipal de Saúde Ivo Liciano Leonarchik, participaram na tarde de ontem (26) na Rádio Difusora América de uma entrevista para esclarecer à população a situação do hospital e quais saídas à administração tem.

“Para o município o hospital presta o serviço de plantão urgência e emergência. Contratamos esses serviços para que os cidadãos, quando interrompe o atendimento do Posto de Saúde a partir das 5 horas da tarde até às 07 horas da manhã, a gente têm um contrato onde o hospital local presta o serviço de urgência e emergência. O contrato que existe é de R$ 155 mil por mês e o município mantém em dia”. Comenta Masetto, o qual aborda também a principal dívida existente com a unidade de saúde, “sabemos que iniciou em 2013 um aporte de recurso por parte do governo do estado, o qual seria destinado para o sobreaviso. Esse repasse no início do ano passado, por março estava em atraso. Foi negociado com o estado e pago parte das parcelas, na sequência foi realizado um aditivo de prazo no contrato e infelizmente o estado não pagou mais essas parcelas”. Esse segundo momento de atraso, se refere aos 14 meses que os diretores do hospital utilizam como argumento para encerrar o contrato.

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Sobre o descredenciamento do SUS, a administração destaca, “diante desta situação estamos trabalhando com os municípios da região para que a gente encontre um mecanismo de solução evitando o descredenciamento deste hospital do SUS. Mas se isso não for possível vamos trabalhar com a hipótese de criar o Pronto Socorro Municipal”. Frisa o prefeito Masetto.

Nesta manhã (26) uma equipe da administração está em Pato Branco para conversar com o Diretor da 7ª Regional de Saúde. “Essa questão hospitalar também é uma obrigação do estado. Hoje temos uma reunião com o diretor da regional, onde ele fará parte desse processo”. Comenta o Secretário Municipal de Saúde.

 

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