Unidade de Conservação recebe mais de 50 mil novas mudas nativas

Mais de 50 mil mudas de árvores  foram implantadas na unidade de conservação federal, Estação Ecológica da Mata Preta, no município de Abelardo Luz, entre o Oeste de Santa Catarina e o Sudoeste do Paraná. As espécies nativas foram plantadas em áreas  anteriormente ocupadas  por pastagens e lavouras. O objetivo do projeto, além de reconstituir e ampliar a floresta ombrófila mista contribuindo para a manutenção do bioma Mata Atlântica, é  garantir alimentos  para a fauna.

Conforme o analista ambiental do ICMbio responsável pela UC, Antonio de Almeida Correia Junior, ao todo foram plantadas 70 espécies de árvores características da região como sassafrás, jaboticabeira, uvaia, pitanga, ipê amarelo, imbuia, guabiju e araucária. “A restauração deverá promover a conexão de núcleos de florestas isolados, melhorando também o fluxo de fauna, que poderá abrigar-se e utilizar os recursos desses locais”, explica Antônio.

Conforme ele, o plantio incluiu  frutíferas para servir de poleiros naturais. Essas árvores devem atrair aves e mamíferos que atuarão como dispersores de sementes, acelerando o processo de restauração e aumentando a diversidade das espécies.

Conforme o analista, a partir de agora será feito o trabalho de monitoramento, proteção das mudas e o replantio necessário. Além disso serão desenvolvidas pesquisas sobre a restauração  e atividades de educação ambiental para conservação, restauração de florestas, fauna, floras e ecologia direcionadas a estudantes de universidades e escolas da  região.

As mudas foram produzidas pelo viveiro Jardim das Florestas, da Apremavi, e pelo viveiro do Grupo Grimpeiro, do município de São Domingos (SC). A ação é uma iniciativa do Projeto Araucária, desenvolvido por meio do programa Petrobras Socioambiental, pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) em pareceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Indenizações

Criada em 2005, a Esec Mata Preta já iniciou seu processo de indenização aos proprietários de terras que estão dentro da unidade de conservação. Ao todo já foram indenizados cinco proprietários até o momento. Outros cinco processos de indenização estão abertos. A área onde foi feito o plantio, que tem cerca de 68 hectares, já foi desapropriada e seu proprietário indenizado.