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Grupo RBJ de Comunicação,
17 de abril de 2024
Rádios

Uma Encíclica à fraternidade e à amizade social

CotidianoReligião

por Luiz Carlos

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[Grupo RBJ de Comunicação] Uma Encíclica à fraternidade e à amizade social — “Fratelli Tutii” – “Todos Irmãos”
“Fratelli Tutii” – “Todos Irmãos”

“Fratelli Tutii” – “Todos Irmãos” com este título o Papa Francisco publicou, no mês de outubro, sua nova Encíclica dedicando-a à fraternidade e à amizade social, inspirando-se em São Francisco de Assis, que com a vida e palavras convidava a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele, declara feliz quem ama o outro.

Leia abaixo, o artigo semanal de Dom Edgar Ertl, Bispo da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão-PR.

Foto: Vatican News

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 Uma Encíclica à fraternidade e à amizade social

“Fratelli Tutii” – “Todos Irmãos” com este título o Papa Francisco publicou, no mês de outubro, sua nova Encíclica dedicando-a à fraternidade e à amizade social, inspirando-se em São Francisco de Assis, que com a vida e palavras convidava a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele, declara feliz quem ama o outro. O santo italiano pensava na fraternidade aberta, que permite conhecer, valorizar e amar todas as pessoas, independentemente da sua proximidade física, do ponto da terra em que cada uma nasceu ou habita (cf. FT 1). A amizade social se opõe diametralmente à “agressividade social”.

O Papa Bergoglio escreveu que os temas da fraternidade e amizade social sempre estiveram entre suas preocupações, ocupando-se nos últimos anos e em vários lugares, em especial durante suas viagens e visitas apostólicas. Disse que as inspirações para tal empreendimento vieram de seu encontro com Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb, em Abu Dhabi, para lembrar que Deus “criou todos os seres humanos iguais nos direitos e deveres e na dignidade e os chamou a conviver entre si como irmãos” (cf. FT 5).

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Descreve o que pretende com a atual Encíclica: “Como humilde contribuição para a reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras. Embora a tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, que me animem e nutrem, procurei fazê-lo de tal maneira que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade” (FT 6).

Francisco, o papa, talvez seja um dos homens mais atentos às pautas mundiais em curso. A hodierna Encíclica nasceu no contexto que estamos ainda mergulhados, a pandemia da Covid-19. Reitera o pontífice, na introdução, que “apesar das várias respostas que deram os diferentes países, ficou evidente a incapacidade de agir em conjunto” (cf. FT 7). E uma das lições que precisamos aprender, se é que temos vontade e desejo de aprender, é que devamos melhorar os sistemas e regras já existentes. A pandemia descortinou falsas seguranças de nossos sistemas de saúde pública, talvez palanque de discursos políticos a fim de eleições, mais do que um sistema que responda às emergências e surpresas como este evento epidemiológico.

 

Caminhos de esperança!

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Apesar dessas nuvens escuras, que não podem ser ignoradas, gostaria de retomar e discutir muitos novos caminhos de esperança. Pois Deus continua a semear abundantes sementes de bondade em nossa família humana. A recente pandemia permitiu-nos reconhecer e valorizar mais uma vez todos aqueles ao nosso redor que, em meio ao medo, responderam colocando suas vidas em risco. Começamos a perceber que nossas vidas estão entrelaçadas e sustentadas por pessoas comuns que corajosamente moldam os eventos decisivos de nossa história compartilhada: médicos, enfermeiras, farmacêuticos, lojistas e trabalhadores de supermercado, pessoal de limpeza, zeladores, trabalhadores de transporte, homens e mulheres trabalhando para fornecer serviços essenciais e segurança pública, voluntários, padres e religiosos. Eles compreenderam que ninguém se salva sozinho (cf. FT n. 54).

Convido todos a uma esperança renovada, pois a esperança nos fala de algo profundamente enraizado em cada coração humano, independentemente de nossas circunstâncias e condicionamentos históricos. A esperança nos fala de uma sede, uma aspiração, um anseio por uma vida plena, um desejo de realizar grandes coisas, coisas que enchem nosso coração e elevam nosso espírito a realidades elevadas como verdade, bondade e beleza, justiça e amor… Esperança é ousada. Continuemos, então, a avançar pelos caminhos da esperança (cf. FT 55).

Dom Edgar Ertl

 

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