Sete doações de órgãos realizadas em 2024 no Hospital Regional do Sudoeste
No ano de 2024, a instituição registrou 13 notificações de morte encefálica, dessas, sete resultaram em doações efetivas
Saúde

Em entrevista à Rádio OndaSul FM, a enfermeira-chefe do Hospital Regional do Sudoeste, Eluisa Tremea, trouxe informações importantes sobre a doação de órgãos no Sudoeste. No ano de 2024, a instituição registrou 13 notificações de morte encefálica, sendo que, dessas, sete resultaram em doações efetivas, conforme decisão das famílias.
“Essas sete doações são extremamente significativas, pois no estado do Paraná, atualmente, há 3.800 pessoas aguardando um transplante. Essas doações permitem que esses pacientes tenham uma nova chance de vida, retornem ao convívio social, familiar e possam recuperar a qualidade de vida”, ressaltou Eluisa.
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A enfermeira destacou a importância da conscientização familiar. No Brasil, a doação de órgãos só é permitida com a autorização da família, mesmo em casos de morte encefálica, que é considerada a morte oficial do paciente. “Por isso é crucial que as pessoas conversem com seus familiares e manifestem sua vontade de serem doadoras. A decisão da família é o que permite que esse gesto tão nobre aconteça”, explicou.
Além das sete famílias que autorizaram a doação, houve três casos de recusa e outros três onde os pacientes não eram elegíveis por contraindicações médicas. Eluisa lembrou que, para cada doação, até oito pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos, o que demonstra o impacto de uma única decisão.
A logística de transplantes é bem organizada no Brasil. “Inicialmente, o órgão é ofertado dentro do estado do Paraná. Caso não haja compatibilidade, ele pode ser destinado a qualquer lugar do país, com transporte aéreo sendo utilizado para garantir a entrega no tempo adequado”, destacou Eluisa.
A enfermeira reforçou que, além de salvar vidas, a doação de órgãos também pode ajudar as famílias do doador a ressignificarem a perda e lidar com o processo de luto. O ato de doação, muitas vezes, traz conforto ao transformar uma tragédia pessoal em esperança para várias pessoas.
Em Francisco Beltrão, o processo de doação é parte da rede estadual e nacional de transplantes, beneficiando pacientes em todo o Brasil. A enfermeira finalizou a entrevista lembrando da importância do diálogo sobre o tema, para que mais pessoas possam ser beneficiadas por esse gesto de solidariedade.