Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora do Rocio
Religião
por Luiz Carlos
O templo de N. Sra. do Rocio é o Santuário da padroeira do Paraná. A história nos conta que a devoção remonta à segunda metade do Séc. XVII. Reza a tradição que a imagem miraculosa da Virgem do Rocio foi encontrada nas malhas da rede de pescar de pai Berê, humilde pescador que vivia à margem costeira da Baía de Paranaguá, no local chamado Rocio. Pai Berê e outros pescadores instituíram o culto à Santa do Rocio, ali se reunindo para rezar o terço, especialmente no mês de novembro. Em 1813 foi construída a Capela de Nossa Senhora do Rocio. Em 1977 o Decreto da Sagrada Congregação para o culto Divino do Vaticano declara, em nome de Paulo VI, Nossa Senhora do Rocio Padroeira do Paraná. Registram-se muitos milagres ocorridos em diversas cidades do Estado sob a intercessão da Virgem do Rocio, cuja festa se realiza no dia 15 de novembro. É nesse dia que a fé atinge o seu ponto mais alto, razão pela qual, Nossa Senhora do Rocio foi consagrada Padroeira do Paraná.
O Papa disse a poucos dias, em Roma, que “o Santuário possui na Igreja um grande valor simbólico e, ser peregrinos, é uma profissão de fé genuína”. O Pontífice explica que os santuários, “apesar da crise de fé” no mundo contemporâneo, continuam a ser vistos como “espaços sagrados para onde ir em peregrinação”, locais onde procura-se encontrar “um momento de pausa, de silêncio e de contemplação na vida tantas vezes frenética” dos dias de hoje. Francisco destaca o “grande valor simbólico” dos santuários e da peregrinação e mostra que a peregrinação é um ato de Fé que mobilizou milhões de fiéis ao longo dos séculos conduzindo-os aos lugares sagrados onde Jesus viveu; aos túmulos dos Apóstolos e aos locais que se relacionam com a Santíssima Virgem. O Santo Padre sublinha a importância de se dar atenção à “fé simples e humilde” dos fiéis, que nas peregrinações e nos santuários encontram formas de manifestar a sua devoção. Ressalta ainda o bispo de Roma “o acolhimento que é oferecido nos santuários aos doentes, pobres, marginalizados e pessoas necessitadas”.
A piedade popular mariana, no Brasil, deve ser valorizada, especialmente reconhecendo em Nossa Senhora o modelo de fidelidade a Deus, modelo de intercessão. Como Mãe de Jesus, como Mãe da Igreja evangelizadora e Mãe de tantas pessoas que buscam, pela sua intercessão, alcançar as graças, as promessas que nos foram oferecidas pelo seu Filho, Jesus Cristo; de igual modo, na nossa humilde prece de peregrinos à cidade de Paranaguá, que a Mãe de Jesus, Nossa Senhora do Rocio, interceda muitas bênçãos em benefício do Povo de Deus das 45 paróquias e 02 reitorias de nossa diocese. Queremos dizer a Maria, que faremos “tudo o que teu Filho disser”!
Em Paranaguá, confiaremos à Maria do Rocio nossas famílias, as crianças, adolescentes e jovens, adultos e anciãos. Confiaremos à Maria nossos pais, parentes e amigos. Confiaremos à Maria nossos irmãos/as enfermos e pobres. Confiaremos à Maria todos os sacerdotes, diáconos, religiosas/os. Confiaremos à Maria nossos seminaristas e vocacionados/as a vida presbiteral e religiosa. Confiaremos à Maria todas as pessoas que vivem em nosso território diocesano. Confiaremos à Maria todas as nossas atividades e iniciativas apostólicas da diocese de Palmas/Francisco. Confiaremos à Maria o Brasil e seus desafios, especialmente a superação da corrupção, da mentira e da miséria humana a que muitos irmãos e irmãs são submetidos por conta da desigualdade social. Maria, Nossa Mãe e Senhora do Rocio, interceda por nós!
Dom Edgar Ertl
Bispo Diocesano