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Grupo RBJ de Comunicação,
19 de março de 2024
Rádios

Paraná prorroga campanha para atingir meta de vacinação

Saúde

por Angela Maria

Campanha de multivacinação
Em uma semana, quase 400 mil crianças já foram vacinadas contra a poliomielite no Paraná. Isto representa 60% do público-alvo da campanha, que neste ano imuniza meninas e meninos menores de cinco anos de idade. A mobilização envolve mais de 2,2 mil unidades de saúde do Estado e segue até sexta-feira (31). Foto: Venilton Küchler/SESA
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Devido à baixa taxa de cobertura e de adesão da população, a Secretaria de Estado da Saúde decidiu prorrogar, no Paraná, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A campanha, que terminaria nesta sexta-feira (30), será estendida em todo o Estado até o término do estoque de vacinas ou até atingir a meta de 95% da cobertura recomendada pelo Ministério da Saúde.

A cobertura vacinal da doença vem caindo em todo mundo há cerca de 10 anos, e há seis anos a taxa está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde no Brasil e no Paraná. No Estado, a vacinação atingiu, até esta quinta-feira (29), cerca de 55% do público estimado, com a imunização de aproximadamente 320 mil crianças. A meta no Estado é vacinar 583 mil crianças.

“Faço um apelo para que os pais ou responsáveis levem os seus filhos para tomar a vacina. Estamos vivendo uma pandemia em que esperamos a vacina como alternativa para evitar a Covid-19. No caso da pólio, temos a prevenção, que é gratuita e oferecida em toda a rede pública de saúde”, orienta o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Desde 1986 não temos a presença da poliomielite no Paraná, mas não podemos deixar a cobertura abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde para não correr o risco de a doença ser reintroduzida no Estado”, explica Vera Rita da Maia, chefe da Divisão de Imunização da Secretaria da Saúde. “A única forma de evitar a paralisia infantil é manter em alta a taxa de cobertura da vacina”, reforça.

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DOENÇA – A poliomielite é uma infecção contagiosa causada pelo poliovírus selvagem, que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. A doença está erradicada no Brasil desde 1994, porém, ainda existe a presença do vírus que transmite a doença em outros países, como o Paquistão e o Afeganistão. A vacinação é a única forma efetiva de prevenção. Por isso, é importante a conscientização da população e a vigilância constante dos profissionais da saúde.

O Paraná não registra casos de poliomielite desde 1986. Neste momento, o Estado possui 14 notificações para paralisias flácidas agudas e, por esse motivo, as equipes de saúde permanecem em constante vigilância à notificação desses casos, que são importantes indicativos epidemiológicos.

O Estado tem como parâmetro anual a notificação de, no mínimo, 23 casos de Paralisia Flácida Aguda em menores de 15 anos para fazer a detecção precoce de uma possível circulação do vírus, desencadeando assim ações de forma rápida e efetiva.

DIAGNÓSTICO – Além da vacina, outra medida importante de controle da pólio realizada pela Vigilância Epidemiológica é a notificação de casos de crianças que chegam aos serviços de saúde com sinais de paralisia.

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Os primeiros sintomas podem ser febre, mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo, vômitos, diarreia, rigidez na nuca e sinais de meningite. Pode haver instalação súbita de deficiência motora, assimetria da musculatura de membros e flacidez muscular, entre outros.

VACINAÇÃO – De acordo com o calendário, a vacina contra a poliomielite deve ser administrada aos 2 meses (1ª dose), 4 meses (2ª dose) e 6 meses (3ª dose). Estão previstas ainda doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

AEN

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