Palmenses encontram registro raro de espécie ameaçada de extinção
Exemplar de Gato Maracajá foi registrado em fotografias no interior de Palmas, Sul do Paraná.
Meio Ambiente
Uma família palmense registrou um exemplar de Gato Maracajá, uma espécie ameaçada de extinção, durante um passeio no interior de Palmas, Sul do Paraná. Os registros de animais raros já têm se tornado rotina para a família, que há algumas semanas encontrou um pássaro natural da Amazônia em nossa região.
O técnico em meio ambiente e observador de aves, Rui Santos, relatou ao informativo digital “Jornal Caboclo”, que durante uma “passarinhada”, atividade de observação de aves, juntamente com sua esposa e filhos no último dia 1º, ao passar por um penhasco, avistou um pequeno felino dormindo sobre um tronco de imbuia.
Foi possível tirar três fotos, antes do animal fugir em meio à mata. A família encaminhou as fotos a biólogos que também atuam na observação de aves na região, foi confirmado que se tratava de um Gato Maracajá, animal que pode ser encontrado em quase todas as regiões do Brasil, exceto no Nordeste, sendo considerado ameaçado de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, principalmente pela destruição do seu habitat, pela caça e pela transmissão de doenças por animais domésticos.
Ele pode medir de 42 a 80 centímetros entre a cabeça e o corpo, com cauda medindo de 30 a 51 cm. Ele pesa de 3 a 5 kg. Possui hábitos noturnos e se alimenta de ratos e aves de pequeno porte, além de frutas e sementes.
Alguns dias antes, a família também realizou um registro raro de um Coleiro-do-norte em nossa região. De nome cientifico Sporophila americana, mesmo grupo de aves a qual pertence os coleirinhos.
O Coleiro-do-norte é encontrado em habitats perturbados, campos sujos, regiões agrícolas, beiras de estradas, incluindo pastagens, margens de rios e até nas cidades da região amazônica. Geralmente vive aos pares ou pequenos bandos, às vezes misturados com outras espécies, que também são consideradas granívoras, ou seja, alimentando-se principalmente de sementes.
De acordo com biólogos que atuam na região, esse tipo de registro é raríssimo para o Sul do Brasil e demostra que o desmatamento, as queimadas, ou ainda o tráfico de animais silvestres, estão forçando os animais buscarem outros ambientes, na tentativa de sobrevivência.