Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
28 de março de 2024
Rádios

Palmas não aproveita potencialidades para fruticultura de clima temperado

A atividade participa com apenas 6% na composição do Valor Básico de Produção da agropecuária.

Agricultura

por Ivan Cezar Fochzato

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O Brasil, com 40 milhões de toneladas/ano, é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, perdendo apenas para a China e o Chile. A fruticultura é um dos segmentos da economia brasileira que mais tem se destacado nos últimos anos tanto no que diz respeito à produção de frutas in natura, como na industrialização de sucos e néctares.

Com uma terra propícia para várias cultivares, no município de Palmas a atividade é, em grande escala, ainda restrita a pomicultura. Não são aproveitadas as características climáticas únicas, altamente favoráveis para produção de outras variedades de clima temperado.

A constatação é possível através do novo Relatório do Valor Básico de Produção(VBP 2020),divulgado nesta semana, pelo Departamento de Economia Rural(Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná(SEAB).

A fruticultura local participa com apenas 6,1% de todo o volume de produção agropecuária do município, que somou, no ano passado, R$ 367,5 milhões.

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O expoente, e que confirma Palmas como a maior produção estadual, é a maçã. Na safra 2019/2020 foram colhidas 10,1 mil toneladas.(O volume da atual safra, que deverá estar no VBP 2021, é superior as 12 mil toneladas).

[Grupo RBJ de Comunicação] Palmas não aproveita potencialidades para fruticultura de clima temperado — A produção da amora preta chegou às 20 toneladas na safra 2017/2018 em Palmas.
A produção da amora preta chegou às 20 toneladas na safra 2017/2018 em Palmas.

O município, entretanto, tem todas as condições necessárias para a produção em alta escala de ameixas, cereja, nogueira, pera, uva, caqui, pêssego, kiwi, entre outras cultivares. A amora, cuja atividade foi iniciada com muito sucesso há alguns anos, foi abandonada pelos produtores por falta de estrutura e incentivo para a produção e comercialização.

Atualmente no município há dois hectares de caqui, que produziram 20 toneladas e movimentaram R$ 55.900,00. Em um hectare foram produzidas dez toneladas de limão, gerando R$ 13 mil ao produtor. As  trinta  toneladas de morango foram obtidas numa área de três hectares, com uma renda de R$ 223,9 mil.

Ainda aparecem nos relatórios,  dois hectares de uvas viníferas, com produção de quatorze toneladas e movimentação de aproximadamente R$ 40 mil.  A cadeia da maçã cultivada em aproximadamente 380 hectares, movimentou no ano passado,  R$ 20, 2 milhões de reais.

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Ao todo, a fruticultura local é desenvolvida em 388 hectares, com produção de 10.274 toneladas, com volume financeiro de R$ 20,6 milhões, conforme VBP 2020.

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