Palmas não aproveita potencialidades para fruticultura de clima temperado
A atividade participa com apenas 6% na composição do Valor Básico de Produção da agropecuária.
Agricultura
O Brasil, com 40 milhões de toneladas/ano, é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, perdendo apenas para a China e o Chile. A fruticultura é um dos segmentos da economia brasileira que mais tem se destacado nos últimos anos tanto no que diz respeito à produção de frutas in natura, como na industrialização de sucos e néctares.
Com uma terra propícia para várias cultivares, no município de Palmas a atividade é, em grande escala, ainda restrita a pomicultura. Não são aproveitadas as características climáticas únicas, altamente favoráveis para produção de outras variedades de clima temperado.
A constatação é possível através do novo Relatório do Valor Básico de Produção(VBP 2020),divulgado nesta semana, pelo Departamento de Economia Rural(Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná(SEAB).
A fruticultura local participa com apenas 6,1% de todo o volume de produção agropecuária do município, que somou, no ano passado, R$ 367,5 milhões.
O expoente, e que confirma Palmas como a maior produção estadual, é a maçã. Na safra 2019/2020 foram colhidas 10,1 mil toneladas.(O volume da atual safra, que deverá estar no VBP 2021, é superior as 12 mil toneladas).
O município, entretanto, tem todas as condições necessárias para a produção em alta escala de ameixas, cereja, nogueira, pera, uva, caqui, pêssego, kiwi, entre outras cultivares. A amora, cuja atividade foi iniciada com muito sucesso há alguns anos, foi abandonada pelos produtores por falta de estrutura e incentivo para a produção e comercialização.
Atualmente no município há dois hectares de caqui, que produziram 20 toneladas e movimentaram R$ 55.900,00. Em um hectare foram produzidas dez toneladas de limão, gerando R$ 13 mil ao produtor. As trinta toneladas de morango foram obtidas numa área de três hectares, com uma renda de R$ 223,9 mil.
Ainda aparecem nos relatórios, dois hectares de uvas viníferas, com produção de quatorze toneladas e movimentação de aproximadamente R$ 40 mil. A cadeia da maçã cultivada em aproximadamente 380 hectares, movimentou no ano passado, R$ 20, 2 milhões de reais.