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22 de abril de 2025
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Mulher baleada no rosto morre no hospital Regional; caso passa a ser investigado como feminicídio

A informação foi confirmada pelo delegado-chefe da 19ª Subdivisão Policial, Dr. Ricardo Moraes

Segurança

por Patrick Rodrigues

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A mulher baleada no rosto no último dia 4 de abril, no bairro Novo Mundo, em Francisco Beltrão, morreu na tarde desta sexta-feira (11) após passar uma semana internada na UTI do Hospital Regional. A informação foi confirmada pelo delegado-chefe da 19ª Subdivisão Policial, Dr. Ricardo Moraes. Com a morte, o caso, que inicialmente era tratado como tentativa de homicídio, passa a ser investigado como feminicídio.

Segundo o delegado, a vítima estava com um mandado de prisão em aberto, o que dificultou sua busca por proteção junto às autoridades. “Infelizmente, ela veio a óbito. O que a gente percebe é que, muitas vezes, a própria vítima está alheia a solicitar segurança. Nesse caso, por estar com mandado de prisão em seu desfavor, ela sequer poderia procurar a polícia”, disse Moraes.

O delegado destacou ainda que, de 2016 até 2025, foram registrados 10 casos de feminicídio em Francisco Beltrão. Desses, apenas duas vítimas possuíam medidas protetivas vigentes no momento do crime. “Muita gente acredita que medida protetiva é só um papel, mas ela tem um peso real. Com uma ocorrência registrada, conseguimos monitorar e até prender agressores em flagrante se descumprirem a ordem judicial”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, no último fim de semana, outro caso de tentativa de feminicídio foi registrado no bairro Guanabara, onde uma mulher foi brutalmente agredida com golpes de facão pelo companheiro.

O delegado reforçou a importância de recursos como o botão do pânico e o atendimento da Casa da Mulher Brasileira. “Esses mecanismos são essenciais para garantir uma resposta mais rápida e eficaz à vítima”, afirmou.

A Polícia Civil informa que todos os casos de homicídio registrados no ano passado — incluindo feminicídios e latrocínios — foram concluídos, com indiciamentos e, na maioria, prisões dos suspeitos. Em 2025, já foram cinco mortes violentas, sendo dois feminicídios e três homicídios, com prisões realizadas em quatro desses casos.

A identidade da mulher que morreu nesta quinta-feira não foi divulgada oficialmente. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime.

Assista a entrevista abaixo:

 

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