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Grupo RBJ de Comunicação,
28 de março de 2024
Rádios

Gaeco e Gepatria cumprem mandados de busca e apreensão em Mangueirinha e Cel. Domingos Soares

Ação é um desdobramento da Operação Container, que investiga crimes de corrupção e fraudes licitatórias.

Justiça

por Guilherme Zimermann

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O Ministério Público do Paraná cumpriu nesta quinta-feira (28), dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo criminal de Mangueirinha, em desdobramento da Operação Container.

As medidas aprofundam investigação de crimes de corrupção passiva, fraudes licitatórias e lavagem de ativos praticados no âmbito de contratos municipais para destinação de resíduos sólidos (lixo) e outros serviços.

A ação do MPPR foi realizada pelos núcleos de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).

São investigados os ex-prefeitos de Mangueirinha e de Coronel Domingos Soares nas gestões de 2013 a 2016, suspeitos de terem recebido propinas em valores que ultrapassam R$ 360 mil. Foram cumpridos mandados nas residências dos investigados e em uma empresa ligada a eles, nos municípios de Mangueirinha e Coronel Domingos Soares.

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Segundo elementos colhidos nas apurações do Ministério Público, os pagamentos de vantagens se prolongaram de 2012 até 2018 e teriam sido feitos por meio de pessoas físicas e jurídicas (também alvos da busca) que intermediavam e fracionavam as movimentações entre os agentes públicos e empresários do ramo da coleta de lixo.

Também foram alvos das buscas ex-secretários municipais de Mangueirinha suspeitos de terem agido em desvio de função para possibilitar o direcionamento das licitações aos empresários e um ex-vereador da mesma cidade que teria exigido R$ 45 mil de propina para não exercer seu poder de fiscalização sobre ao menos um dos contratos administrativos. Na casa do ex-vereador, foram apreendidos cerca de R$ 64 mil.

Iniciada pelo Gaeco e pelo Gepatria de Guarapuava, a Operação Container já teve várias fases desde 2018 e apura a existência de organização criminosa formada por empresários que, em coparticipação com agentes públicos, praticaram crimes diversos com o fim de regionalizar e fixar artificialmente os preços do mercado licitatório de resíduos sólidos em diversos municípios das regiões Sudoeste, Oeste, Centro Ocidental e Centro-Sul do estado.

Fonte: Ministério Público do Paraná

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