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Grupo RBJ de Comunicação,
24 de abril de 2024
Rádios

Falta de chuvas prejudica lavouras e pomares da região de Palmas

Produtores de grãos já preveem perdas de 50%. Nos pomares de maçã, árvores estão secando e as frutas murchando.

AgriculturaClima

por Guilherme Zimermann

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Foto: Ivanir Dalanhol
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A falta de chuvas está afetando seriamente a produção agrícola da região de Palmas. Nas lavouras, os produtores de grãos já preveem perdas de 50% em algumas localidades, enquanto que nos pomares de maçã, as árvores estão secando e as frutas murchando.

O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) do Núcleo Regional da Agricultura de Pato Branco, Ivano Carniel, lembra que a região enfrenta um déficit de chuvas há, pelo menos, quatro anos. No ciclo atual, a falta de chuvas se estende desde fevereiro, o que afetou a produção do milho safrinha no inicio do ano. Ouça no player abaixo:

Já durante o inverno, apesar do volume de chuvas abaixo da média, a redução da umidade era favorável para a produção de trigo, porém, em outubro, quando a cultura já estava pronta para a colheita, a região registrou volumes extremamente excessivos de chuva, prejudicando o rendimento das lavouras e a qualidade dos grãos.

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Por outro lado, as chuvas de outubro favoreceram o inicio do plantio da safra de verão de milho e soja. No entanto, os baixos índices de precipitação entre novembro e dezembro, além das altas temperaturas, levam os agricultores a contabilizarem prejuízos milionários.

Segundo Carniel, nos 15 municípios que integram o Núcleo da Agricultura de Pato Branco, já se estimam perdas de 50%, em média, visto que o volume é maior em algumas localidades. Inicialmente, para a soja, se previa uma colheita de 1,2 milhão a 1,3 milhão de toneladas. “Já começamos a projetar que se colha apenas metade disso. Para ter ideia do prejuízo, são mais de 600 mil toneladas que deixarão de ser colhidas, com o preço da tonelada girando em torno de R$ 2,7 mil”, pontua.

Para a cultura do milho, a estimativa inicial era de 320 mil a 350 mil toneladas. Com uma quebra de 50%, os prejuízos ultrapassam R$ 220 milhões, com a perda de 160 mil toneladas, a um preço médio de R$ 1,4 mil por tonelada.

Os pomares de maçã de Palmas também sofrem com a falta de chuva. De acordo com o diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, Ivanir Dalanhol, apesar dos produtores seguirem com os tratamentos e nutrições, a ausência de chuvas impede o desenvolvimento das frutas.

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Em pomares de regiões mais altas, em que o solo é mais raso, Dalanhol relata que as árvores estão secando, com folhas amareladas e frutos perdendo volume. “Da variedade Eva que estamos colhendo agora, vamos perder muitas frutas em função dessa seca. Nunca vi isso na minha vida”, afirma. Ouça no player abaixo:

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