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29 de março de 2024
Rádios

Expedição no Sudoeste busca localizar ave rara no Paraná

GeralMeio Ambiente

por Evandro Artuzzi

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Um gavião-real, cuja imagem faz parte do brasão da bandeira do Estado do Paraná, foi visto na semana passada no município de Coronel Domingo Soares, no Sudoeste do Estado. As imagens surpreenderam toda a comunidade paranaense de ornitólogos e técnicos de conservação do Instituto Água e Terra (IAT). Será montado um plano de ação emergencial de averiguação e monitoramento da área do registro, para estabelecer um plano territorial de conservação da espécie no Estado. A equipe sairá em uma primeira expedição neste fim de semana.

A harpia ou gavião-real é a maior ave de rapina do Brasil e considerada criticamente em perigo no Paraná pela lista de extinção estadual de 2018. A presença no Estado despertou a esperança de que ainda haja outros indivíduos nessa região e talvez no Parque Nacional do Iguaçu. Há anos não se tem nenhum registro da espécie em vida livre no Paraná.

A bióloga Paula Vidolin, doutora em Conservação da Natureza e chefe do setor de Fauna do IAT, diz que o objetivo principal da expedição é, além de tentar novos registros da harpia, conversar com a comunidade local para orientar sobre a importância do achado, a preservação da espécie e como todos podem contribuir para otimizar as ações dos órgãos ambientais.

“A presença dessa ave no sul do país é cada vez mais rara, devido à transformação da paisagem e, principalmente, pelo abate praticado por caçadores, colecionadores e por pessoas que temem os ataques a animais domésticos”, explicou a bióloga. Ela ressalta que se trata de um registro extraordinário e que tem ainda um valor moral pelo fato de compor o principal símbolo paranaense. Vidolin disse que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo está unida com a comunidade científica e que conta, ainda, com o apoio da Força Verde para ações de monitoramento local.

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Pedro Scherer Neto, ornitólogo paranaense e um dos envolvidos na ação, chama a atenção para o fato de essa espécie ser uma águia poderosa do topo da cadeia alimentar. “Estamos trabalhando com dois vértices”, diz. “O positivo é para que muitas pessoas se interessem e se dediquem a procurar a ave. De ordem negativa temos o risco do interesse pela caça, podendo ocasionar a extinção completa no Paraná. A sensibilização para a preservação é importante nesse momento e que pode ser estendida para outras espécies”.

Expedição 

Participam da expedição os técnicos do Escritório Regional do IAT de Pato Branco, Pedro Scherer Neto (ornitólogo), Rômulo Cícero Silva (ornitólogo) e Glauco Oliveira (ornitólogo/naturalista/fotógrafo).

Fonte: Agência Estadual 

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