Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
29 de março de 2024
Rádios

Outubro deveria ter mobilização para doação de medula óssea em Francisco Beltrão

Saúde

por Islan Roque

hemonucleocmyk
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Foi aprovada em Francisco Beltrão uma lei, ainda em 2015, de autoria da vereadora Elenir Maciel(PP) para incentivar a doação de medula óssea no município. A lei consiste na criação de uma semana específica para palestras, cursos e atividades voltadas para fomentar, sensibilizar e difundir a necessidade de doação da medula óssea. Entretanto, a lei foi sancionada na gestão anterior, e nem secretaria municipal de saúde, nem Hemonúcleo de Francisco Beltrão desenvolvem ações neste sentido. Porém, a assistente social, Cristiane de Oliveira, do Hemonúcleo de Francisco Beltrão, diz que o trabalho de cadastramento é contínuo, inclusive com uma meta mensal de 50 novos pacientes pré-dispostos a inserirem o nome no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea(Redome).

A vereadora Elenir disse que o principal objetivo da semana é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de medula, com o intuito de ajudar a milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvarem as suas vidas.

[Grupo RBJ de Comunicação] Outubro deveria ter mobilização para doação de medula óssea em Francisco Beltrão — Vereadora Elenir Maciel (PP)
Vereadora Elenir Maciel (PP)

“O transplante de medula óssea pode beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. Além disso, o doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras, já para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis”, frisou a vereadora.

A parlamentar salienta que a semana deveria acontecer sempre no mês de outubro, conforme a lei aprovada. “Sabemos por meio de estatísticas que o transplante de medula óssea é uma modalidade de tratamento indicada para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico. Os principais beneficiados com o transplante são pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves ”, enfatizou Elenir. Os profissionais da área afirmam que o país caminhou muito nos últimos dez anos com o aumento de voluntários, dispostos a ajudar. Tanto que a assistente social do hemonúcleo garante que 80% dos pacientes que doam sangue, autorizam a retirada de uma amostra para o Redome. Mas entendem também que é preciso fazer mais, especialmente para esclarecimento das pessoas sobre a importância da doação de medula óssea.

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“Assim, se a lei for colocada em prática, os profissionais de saúde terão condições de sanar as dúvidas das pessoas, criando uma conscientização maior quanto a importância de futuramente ser um doador de medula óssea”, reforçou Elenir.

A orientação de Cristiane é que para se cadastrarem, os doadores devem se deslocar até o Hemocentro, preencher o formulário de identificação e o termo de consentimento. Após ser colhida uma amostra de cinco mililitros de sangue para realizar o exame de Histocompatibilidade (HLA), o tipo do candidato será cadastrado no Redome, que é vinculado ao Ministério da Saúde. Quando aparecer um paciente compatível com o doador serão efetuados os testes para a confirmação. O procedimento é indolor e pode salvar vidas. A coleta de sangue no hemonúcleo de Francisco Beltrão acontece todos os dias das 8h até às 14h, sem intervalo para o almoço. Mas o atendimento no local vai até 17h.

Confira o áudio da matéria:

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