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Grupo RBJ de Comunicação,
18 de abril de 2024
Rádios

Duplicação da BR-163/PR não tem previsão para retomada

EconomiaGeral

por Francione Pruch

Assis
Assis do Couto, José da Silva e Nelson Luersen / Foto: Assessoria.
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As obras de duplicação da BR-163/PR, no trecho de que vai de Cascavel a Marmelândia, ligando o Oeste ao Sudoeste do Paraná, estão totalmente paralisadas e sem previsão para retomada. A informação foi repassada na segunda-feira (26) ao deputado federal Assis do Couto e ao deputado estadual Nelson Lursen, ambos do PDT, pelo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT) no Paraná, José da Silva Tiago.

[Grupo RBJ de Comunicação] Duplicação da BR-163/PR não tem previsão para retomada — Assis do Couto, José da Silva e Nelson Luersen / Foto: Assessoria.
Assis do Couto, José da Silva e Nelson Luersen / Foto: Assessoria.

De acordo com Tiago, não há recursos disponíveis para a continuidade da obra. Dos R$ 47 milhões previstos para este ano, 10% foi contingenciado e R$ 35 milhões já estão empenhados. A única exceção são as obras da construção da nova ponte sobre o Rio Iguaçu, que estão em andamento ainda. “Temos recursos para tocar somente a mesoestrutura da ponte. Vamos fazer isso e, depois, tudo será paralisado. Não posso deixar a empresa trabalhar sem ter dinheiro para pagar”, afirmou Tiago.

O superintendente afirmou ainda que são necessários R$ 550 milhões para a conclusão da obra, sendo que com R$ 100 milhões, seria possível dar prosseguimento este ano. Do total de 75 quilômetros de duplicação, 20 foram já foram entregues.

Duas alternativas foram sugeridas por Tiago para garantir a continuidade das obras ainda este ano. O remanejamento de recursos de outros estados através de um decreto do Governo Federal e a destinação de emendas de bancada, a exemplo do que foi feito em 2014. Nos dois casos, é necessária a mobilização da bancada federal do Paraná.

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“É lamentável a falta de compromisso do Governo Federal com uma das rodovias mais importantes para o Paraná e para o Brasil. A nossa luta pela melhoria das condições de trafegabilidade da BR-163/PR não é de hoje. Em 2010 conseguimos a sua federalização e desde então vínhamos chamando a atenção para este trecho da rodovia, que além de ser estratégico para o escoamento da produção agrícola e para a integração das regiões Sul e Norte do país, está localizado em área considerada de relevância para a segurança nacional, em razão da proximidade com a fronteira da Argentina e do Paraguai”, afirmou o deputado Assis do Couto.

O parlamentar destacou que em 2012 foram realizadas audiências públicas nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, com grande participação da população – que apresentou suas expectativas em relação a obra, e diversas reuniões com a então ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o DNIT para assegurar a inclusão do projeto de melhorias do trecho, que possui 195 quilômetros, no PAC e, assim, garantir a inserção no orçamento de 2013. Também houve mobilização para garantir investimentos para manutenção através do Contrato de Restauração e Manutenção (Crema), programa do DNIT que visa assegurar boas condições das rodovias por um prazo de cinco anos.

O projeto, que já está em execução, estabelece como prioridade a duplicação de 75 quilômetros entre a BR- 277 até o trevo de Marmelândia, onde o tráfego de veículos, principalmente os pesados, é bem intenso. Para os 120 quilômetros restantes, estão previstos construção de terceiras faixas, contornos entre outras melhorias para motoristas e pedestres.

“Esta é uma rodovia estratégica, pela qual trafegam mais de 15 mil veículos diariamente. É um canal de escoamento da produção e o tráfego de veículos pesados representa 70%. Além disso, o trecho coloca em risco não só os motoristas, devido às péssimas condições da estrada, mas pedestres também, uma vez que a rodovia corta diversas cidades paranaenses”, destacou Assis.

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A empresa já retirou todo o seu maquinário e funcionários do local porque não há previsão de retomada das obras. “Isso é uma afronta ao cidadão brasileiro, que paga seus impostos e tem que arriscar a vida diariamente nessas rodovias. Em um país eminentemente agrícola, é inaceitável o descaso com que o governo trata obras importantes como esta. Quero aqui fazer um apelo à bancada paranaense para que unamos forças, mais uma vez, para cobrar do Governo Federal um remanejamento de recursos para a conclusão dessa obra, que além de favorecer o desenvolvimento da região, vai poupar muitas vidas”, finalizou o deputado.

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