Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
23 de abril de 2024
Rádios

Coordenador do Conselho de Farmácia explica sobre a resolução 585

Francisco Beltrão

GeralSaúde

por redação

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Em setembro deste ano, farmacêuticos brasileiros comemoraram além de seu dia – 25 – a resolução que permite prescrever medicamentos de venda livre (alguns analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios), fitoterápicos e o uso de plantas medicinais. A resolução nº 585 de 29 de agosto de 2013 regulamenta quais tipos medicamentos o farmacêutico pode receitar. Já os que exigem a prescrição médica continuam sendo indicados somente pelos médicos, assim como os antibióticos, que já têm controle de venda.

O farmacêutico e sanitarista Benvenuto Juliano Gazzi, coordenador da seccional do Conselho Regional de Farmácia, explica como essa mudança vem acontecendo na região. “O paciente com doença crônica encontra dificuldade de retornar todo mês ao médico para pegar uma nova receita e continuar seu tratamento. Não significa que o farmacêutico assume o papel do médico, apenas facilita a vida do paciente quando fornece uma nova receita”, pondera Juliano, informando que nenhum medicamento injetável pode ser aplicado no paciente sem receita médica.

E nessa luta pela saúde, Juliano destaca que em alguns países, médicos e farmacêuticos andam juntos em prol dos pacientes. “Existem medicamentos que são de prescrição inicial médica, porém, a manutenção é farmacêutica. Geralmente são medicamentos de uso prolongado. O médico determina quanto tempo o paciente terá que tomar o remédio e, durante esse período, quem prescreve a receita é o farmacêutico. Na Inglaterra tem uma associação que adotou o programa Abra sua boca para o farmacêutico. Antes de o paciente consultar com um médico, ele é orientado a buscar informações com um farmacêutico.”

Alerta

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A automedicação levou mais de 60 mil pessoas para hospitais do Brasil nos últimos cinco anos. Juliano Gazzi comenta sobre o assunto. “Nem todo medicamento de venda livre é isento de efeitos colaterais, pois podem interferir em outros tratamentos que o paciente esteja fazendo. Por isso é importante o acompanhamento do farmacêutico qualificado nesta orientação”, disse Juliano. Ele fala ainda de como as ações preventivas estão sendo desenvolvidas na região de cobertura do Conselho. “Buscamos qualificar o farmacêutico para orientar as pessoas. De maneira alguma pretendemos invadir a área médica, queremos colaborar com essa classe profissional. É muito pior a pessoa tomar um remédio sob orientação de vizinhos porque o sintoma que sente é parecido. A automedicação pode gerar muitos transtornos”, alertou Juliano.

Outro alerta dado por Juliano é com relação à presença permanente de um farmacêutico durante o tempo em que as farmácias ficam abertas ao público. “Toda farmácia deve ter a presença do farmacêutico. O Conselho fiscaliza isso.”

Exercício ilegal da profissão

Na região de cobertura da seccional beltronense, Juliano desconhece casos de farmacêuticos exercendo ilegalmente a profissão. “Existem profissionais recém formados que saem das universidades e começam trabalhar sem registro. Mas nesse caso deve haver outro profissional com registro e esse ser o responsável técnico. Por isso é importante o farmacêutico se inscrever no Conselho de Farmácia.”

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