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23 de abril de 2025
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Congresso em Francisco Beltrão discute intervenção precoce e tratamento qualificado para o autismo

Evento promovido pela ABAPAI reúne pais e profissionais para fortalecer o acesso a terapias

Saúde

por Deise Bach

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Foto: Deise Bach
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Está sendo realizado nesta sexta-feira (11) e sábado (12), no Teatro da Unisep, em Francisco Beltrão, o III Congresso Autismo em Debate: Intervenção Precoce X Diagnóstico Tardio. O evento é promovido pela Associação Beltronense de Apoio à Pessoa Autista Inspiradora (ABAPAI), com o objetivo de capacitar profissionais da saúde, da educação e familiares de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

[Grupo RBJ de Comunicação] Congresso em Francisco Beltrão discute intervenção precoce e tratamento qualificado para o autismo — Foto: Deise Bach
Foto: Deise Bach

O congresso conta com a participação de palestrantes reconhecidos nacionalmente, que abordam abordagens terapêuticas baseadas em evidências científicas, com destaque para a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), considerada atualmente o padrão ouro no tratamento do autismo.

A presidente da ABAPAI, Sabrina do Amarilho, destaca que o congresso busca difundir conhecimento técnico para que pais e profissionais possam agir com mais eficácia diante do diagnóstico. “O intuito é empoderar os pais com conhecimento científico, para que possam lutar pelo tratamento adequado dos seus filhos. Não basta fazer qualquer terapia, ela precisa ser baseada em evidência”, afirma.

[Grupo RBJ de Comunicação] Congresso em Francisco Beltrão discute intervenção precoce e tratamento qualificado para o autismo — Foto: Deise Bach
Foto: Deise Bach

De acordo com Sabrina, o diagnóstico precoce e o início imediato de terapias são essenciais para o desenvolvimento de autonomia e independência em pessoas com autismo. “A janela de oportunidade vai dos zero aos três anos. Quanto mais cedo a intervenção começar, maiores são as chances de desenvolvimento”, ressalta.

A atuação da ABAPAI em Francisco Beltrão inclui iniciativas voltadas à formação e ao atendimento direto. Em 2023, a associação apresentou um projeto de intervenção precoce implantado em Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs). A ação, que deve ser retomada, inclui capacitação de professores, profissionais de apoio e familiares para identificação de comportamentos atípicos e aplicação de estratégias de intervenção.

“Fomos a primeira cidade do país a ter um programa de intervenção precoce dentro da rede pública de educação infantil. Isso marcou a história da nossa cidade e é referência nacional”, comenta Sabrina.

A ABAPAI também mantém um projeto de psicopedagogia com resultados expressivos. Segundo Sabrina, há registros de crianças que, mesmo em idade escolar avançada, chegaram sem saber ler ou escrever e, em menos de um ano de atendimento, foram alfabetizadas. “São avanços importantes que mostram o quanto a atuação técnica pode transformar a vida de uma criança”, afirma.

Além dos projetos desenvolvidos, a associação também atua na fiscalização da qualidade das terapias oferecidas. “Sessões de 30 minutos por semana, ou a cada 15 dias, não são eficazes. O tratamento precisa ter base científica, regularidade e intensidade”, conclui a presidente.

O congresso reforça o compromisso da ABAPAI em promover o acesso a terapias qualificadas e fortalecer a rede de apoio às famílias de pessoas com autismo no município.

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