Complexo Eólico Palmas II atrai investidores e compradores da futura energia
CotidianoGeral
“O céu e as bençãos do Senhor Bom Jesus da Coluna está a nosso favor”. A manifestação é do Diretor-Presidente da Enercons/Enerbios, que integra o grupo de empreendedores do Projeto do Complexo Eólico Palmas II, a ser implantado nos Campos de Palmas, com investimentos de R$ 1,3 bilhões com capacidade para gerar 200 megawatts.
Em visita ao município na última sexta-feira(14) Ivo Pugnaloni, atualizou à Rádio Club/RBJ o andamento dos procedimentos para a implantação dos Parques Campo Alegre, Pederneiras, Santa Cruz, Santa Maria, São Francisco, Taipinha, Tradição e Tradição Piloto – que deverão estar interligados à subestação de Palmas, através de linha de transmissão de 28 quilômetros, com traçado previsto para faixa de domínio da PRC-280. “Os avanços tecnológicos, mercado, legislação, o interesse dos investidores e dos compradores da energia, mesmo com o atraso no cronograma de implantação, está tornando o empreendimento cada vez mais viável”, comemorou.
Anunciou que um dirigente empresarial chinês estará, em março, no município para conhecer a região, manter contatos com as autoridades, bem como, informar sobre fontes de financiamento internacional para parte do investimento. “Receberemos aqui o vice-presidente tecnológico de um dos maiores fabricantes de aerogeradores do mundo”, contou.
Justificou que as obras ainda não iniciaram porque houve um acentuado avanço tecnológico neste segmento e os projetos iniciais de geradores de 2.5 megawatts tiveram que ser refeitos, pois a indústria só fabrica equipamentos com capacidade superior a 4 megawatts e muitos ainda se encontram em fase de testes. “Tivemos que rever o layout, a certificação da energia, a velocidade dos ventos, a altura das torres para melhor rendimento. É todo um retrabalho, um reestudo”, contou. Explicou que isso é necessário para atrair e garantir ao investidor a viabilidade econômica e financeira do empreendimento, aumentar a competitividade no mercado de energia e garantir maior lucratividade no médio e longo prazos. “Tudo isso tem que ser refeito. Há uma evolução tecnológica da qual nós não podemos nos opor. Isso representa maior custo de desenvolvimento, projeto, orçamento, maior custo e por tudo isso frustramos a expectativas da população que gostaria que os empregos já estivessem acontecendo”, salientou.
Conforme ele por conta das mudanças, há diversos grupos nacionais e internacionais interessados tanto em investir e diversos outros interessados na compra da energia gerada. Salientou ainda que também para diminuir os custos deverão ser empregados novos modelos de torres que são fabricadas por empresa de capital espano-brasileira, que deverão ser empregados nas primeiras unidades(Tradição Piloto) até o início do próximo ano.
Do ponto de vista legal, os empreendedores ( Enerbios/Cia Ambiental, Vento Sul e Inno Vent) aguardam a obtenção da Licença de Instalação(LI) pelo Instituto Ambiental do Paraná(IAP),após aprovados pela Assembleia Legislativa e sanção governamental em novembro de 2019. “Estamos trabalhando para cumprir as 44 condicionantes ambientais e há expectativa é de que entre seis e oito meses já teremos o necessário licenciamento para iniciarmos a construção”, disse Pugnaloni.
Avaliou com aumento da procura pelo empreendimento, a confirmação da viabilidade, a expectativa empresarial com aumento da taxa interna de retorno é possível prever que em três anos o empreendimento entrará em operação.” Eu posso dizer que em 2023 estaremos operando, faturando energia aqui de Palmas” comemorou.