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10 de setembro de 2024
Rádios
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Cirurgias eletivas de Francisco Beltrão são realizadas em Foz, Guarapuava e Mangueirinha

Próteses de joelho e quadril, têm espera maior devido à alta demanda e à falta de profissionais especializados

Saúde

por Patrick Rodrigues

MANOEL BREZOLIN
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Em entrevista a Rádio Ondasul FM, Manoel Bresolin, secretário de saúde do município de Francisco Beltrão, esclareceu detalhes sobre o funcionamento das cirurgias eletivas na região e os desafios enfrentados pelo sistema de saúde local.

As cirurgias eletivas são um tema frequente, e o sistema de saúde vem trabalhando há muito tempo para amenizar as filas de espera. Temos um número de cirurgias que o município realiza regularmente e sempre buscamos aumentá-lo. Houve um período em que o próprio prefeito Cleber destinou recursos próprios para ampliar essas cirurgias. Porém, as pandemias de Covid-19 e de dengue prejudicaram o andamento dessas ações”, explica Bresolin.

Quais foram as medidas tomadas pelo Estado para auxiliar nessa questão?

“O Estado também entendeu a necessidade de reduzir as filas e destinou recursos para aumentar as cirurgias eletivas através do programa Opera Paraná. No entanto, os hospitais da nossa região têm dificuldade em aumentar a capacidade de atendimento. Assim, o Estado contratualiza hospitais em outras cidades como Foz do Iguaçu e Guarapuava, para onde estamos encaminhando os pacientes.”

Quais são os principais desafios nesse processo?

“A principal dificuldade é a falta de leitos hospitalares. Quando aumentamos o número de internados por complicações de gripe ou acidentes de trânsito, isso afeta diretamente a capacidade de realizar cirurgias eletivas. Além disso, o transporte e a distância para os hospitais contratados pelo Estado são complicadores”, relata o secretário.

O município tem tomado outras iniciativas para lidar com essa situação?

“Sim. Recentemente, identificamos que a maior dificuldade na fila de cirurgias eletivas estava nas cirurgias ginecológicas. Diante da falta de profissionais, fizemos um chamamento público, e o município de Mangueirinha se habilitou para realizar essas cirurgias com recursos próprios do município. As demais cirurgias continuam sendo realizadas localmente ou através do OPERA Paraná”, detalha Bresolin.

Qual é a situação atual das filas de espera por especialidade?

“Há uma grande variação entre as especialidades. Por exemplo, as cirurgias ginecológicas variam em complexidade e tempo de espera. Cirurgias mais simples, como a retirada de útero, são mais rápidas, mas procedimentos mais complexos demoram mais. Em ortopedia, algumas cirurgias são realizadas em até três meses, enquanto outras, como próteses de joelho e quadril, têm espera maior devido à alta demanda e à falta de profissionais especializados”, explica o secretário.

O que pode ser feito para melhorar a situação?

“Para reduzir as filas, é necessário aumentar a oferta de profissionais e melhorar a capacidade de atendimento dos hospitais. O município tem investido recursos próprios para tentar minimizar os problemas, mas a colaboração do Estado é essencial para atender à alta demanda de cirurgias de alta complexidade”, conclui Bresolin.

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