Chuva e cigarrinha impactaram na produtividade do milho e feijão no Sudoeste
A produtividade da soja vem melhorando nas colheitas recentes, avalia Deral/Seab
Agricultura
Após as condições adversas, com excesso de chuvas, os produtores da microrregião voltaram a campo para dar sequência as atividades da safra de verão 2020/202.A avaliação preliminar é que fatores climáticos e fitossanitários impactarão na produção e produtividade das lavouras de feijão, soja e milho nos 15 municípios da microrregião.
Conforme o técnico do Deral/Seab, Ivano Carniel, as perdas significativas ocorrem com o feijão que, pronto para a colheita, enfrentou o excesso de umidade, chegando a ocasionar a germinação dos grãos ainda nos pés.
Em relação ao milho, no início do ciclo foi atingido por forte estiagem e, posteriormente, pelo ataque da Cigarrinha do Milho, uma das principais pragas desta cultivar.
Agricultores que estavam acostumados e esperando colher 500 sacas por alqueire, atualmente, registram redução de 50% na projeção. Em algumas lavouras o rendimento é de apenas 150 sacas por alqueire. “ Só com o fim da colheita será possível avaliar precisamente as perdas”, ressaltou.
Em relação a soja, o longo período chuvoso prejudicou os tratos culturais, mas, com o retorno do período de sol os produtores aceleraram a colheita, registrando produtividades baixas nas primeiras lavouras, entre 90 a 110 sacas por alqueire. Com o avanço, o volume melhorou entre 150 e 170 sacas e há alguns registros pontuais de até 200 sacas. “Talvez não será excelente como na safra passada. Permanecendo o atual quadro, a soja poderá encerrar satisfatoriamente, o suficiente para cobrir os prejuízos com o milho”, salientou.
Ao avaliar as perspectivas de rentabilidade, muitos produtores que firmaram contratos de venda antecipada, soja verde, terão perdas significativas no faturamento. “Entre 40 e 45% região foi comercializada entre R$ 80,00 e R$ 100,00 a saca e o mercado físico tem cotação atual de até R$ 155,00.