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28 de março de 2024
Rádios

Avicultores do Sudoeste amargam altos custos de produção e baixos preços pagos pelas integradoras

Segundo o presidente da Associação dos Avicultores Integrados do Sudoeste, os produtores estão trabalhando no vermelho.

AgriculturaEconomia

por Guilherme Zimermann

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Foto: Jonas Oliveira/AEN
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A elevação dos custos de produção e a defasagem nos preços pagos pelas integradoras, estão levando os avicultores do Sudoeste a trabalhar no vermelho. A avaliação é do presidente da Associação dos Avicultores Integrados do Sudoeste (Avisud), Clauidinei Colognese.

Em entrevista à Rádio Club de Palmas nesta semana, ele afirmou que os custos estão muito elevados e já há um longo período em que os preços pagos aos produtores não são reajustados.

Ele explica que, dentro do acordo entre produtor e frigorífico, o produtor arca com os custos de construção de aviários, equipamentos, água, energia e mão de obra. Já a integradora, é responsável pela parte de insumos, medicamentos e assistência técnica. “O produtor ganha um valor para executar esse serviço, mas esse valor, hoje, mal dá para cobrir os custos”, pontou. Ouça a entrevista no player abaixo:

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Segundo Colognese, os produtores estão recebendo, em média, R$ 0,38 por frango entregue à integradora e deste valor, têm que pagar os seus custos de produção, além de atender às necessidades básicas das suas famílias. Além disso, ressalta que esse valor pago aos produtores não é reajustado há 10 anos.

Diante do cenário, o presidente da Avisud lamenta o que chama de “desunião dos produtores”, avaliando que as próprias associações perderam sua força de representação.

Analisa Colognese que grande parte dos avicultores ainda permanecem na atividade “por sobrevivência”, visto que a maior parcela é de pequenos produtores, que não possuem áreas para explorar outras atividades, como o plantio de grãos, por exemplo.

Esse cenário expõe ainda outra preocupação, que é a falta de incentivo e motivação para que os jovens permaneçam no campo, dando seguimento à atividade. “Não vai muitos anos e nós vamos enfrentar uma grande falta de mão de obra para avicultura se não houver um incentivo”, alertou.

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