Após 4 anos, morte de Júlio César Aliciewica continua em investigação
Delegado Ricardo Moraes destaca complexidade do caso e novas diligências periciais
Cotidiano
por Deise Bach
Há quatro anos, na noite de 16 de junho de 2020, Júlio César Aliciewica, de 39 anos, foi morto a tiros em sua residência em Francisco Beltrão. Desde então, a investigação sobre seu assassinato continua sem uma resolução definitiva.
Na data do crime, Júlio estava em casa com sua esposa quando três homens armados invadiram a residência para cometer um furto, resultando em sua execução. O SAMU foi acionado, mas Júlio já estava sem vida, com múltiplas perfurações de bala no rosto, peito e barriga. O sistema de câmeras de monitoramento da casa estava desligado, impossibilitando qualquer registro do ocorrido.
Inicialmente, a polícia tratou o caso como latrocínio, roubo seguido de morte. No entanto, as investigações subsequentes revelaram indícios de um possível crime passional, levando ao indiciamento da esposa de Júlio.
Ricardo Moraes, chefe da 19ª SDP, detalha o andamento das investigações: “A investigação ainda segue. Inicialmente relatada e concluída em 2022, agora em junho de 2024, o Ministério Público solicitou novas perícias. É um caso complexo, e agora estamos trabalhando nessas perícias adicionais para que o promotor de justiça decida pela ação penal ou não”, afirma Moraes.
O delegado relembra as peculiaridades do caso: “Júlio César foi assassinado com cerca de 16 disparos de arma de fogo. Havia indícios de latrocínio, como o roubo de joias e armas, mas a investigação revelou outras pistas, como o desligamento das câmeras, o não acionamento da polícia, e a ausência dos celulares da casa, exceto o da esposa. Esses elementos apontaram para a possibilidade de um homicídio passional.”
As investigações, que já se estendem por mais de quatro anos, devem levar pelo menos mais um ano para concluir as novas perícias solicitadas pelo Ministério Público.