Aplicação de fumacê só é indicada após notificação do caso suspeito de dengue
População beltronense têm solicitado a aplicação do fumacê e reclamado do número de mosquitos nas residências.
Saúde
por Lucas Maciel
Com as chuvas retornando mesmo que de forma irregular no mês de janeiro, alternando com altas temperaturas o ambiente fica perfeito para a reprodução de mosquitos, principalmente para o Aedes Aegypti – transmissor de doenças como: Dengue, Zika e Chikungunya.
No último levantamento realizado pelo setor de endemias da secretaria municipal de saúde de Francisco Beltrão, o índice para infestação do mosquito ficou em 4.2 considerado de alto risco.
Moradores de todos os bairros têm reclamado da grande quantidade de mosquitos em suas residências e desta forma procuram o setor responsável solicitando a aplicação do fumacê – inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV) que elimina os mosquitos de uma determinada região.
Acontece que segundo a coordenadora do setor de endemias do município Tânia Lise, a aplicação do inseticida só deve ocorrer em caso de notificação de caso suspeito, até mesmo para que o fumacê tenha eficácia contra o mosquito.
“O fumacê só nos é liberado no caso de uma notificação de caso suspeito no raio de 300 metros, e sair aplicando este veneno na cidade toda não adiantaria, até mesmo pois o mosquito pode pegar resistência, lembrando que ele mata mosquitos que estão voando e não as larvas – por isso a população deve cuidar de suas residências e limpar os locais onde pode haver acúmulo de água para a criação dos mosquitos”, afirmou Tânia.
O fumacê é disponibilizado pelo Ministério da Saúde, que repassa o inseticida aos estados, que ficam responsáveis pela liberação do veneno através das regionais de saúde em caso de notificação de casos suspeitos.
Entrevista com Tânia Lise – Coordenadora de endemias de Francisco Beltrão