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Grupo RBJ de Comunicação,
19 de abril de 2024
Rádios

Amsop cria comitê de crise para resolver impasses com saúde no Sudoeste

Comitê vai trabalhar em conjunto com as regionais de saúde de Pato Branco e Francisco Beltrão.

PolíticaSaúde

por Evandro Artuzzi

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Em uma reunião na Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), o presidente e o vice-presidente da entidade, prefeitos Nilson Feversani (Bom Sucesso do Sul) e Cleber Fontana (Francisco Beltrão), respectivamente, em conjunto com o presidente da Comissão de Saúde da Amsop e prefeito de Dois Vizinhos, Luís Carlos Turatto, e demais prefeitos, decidiram criar um comitê de crise para resolver os impasses com o atendimento em saúde nos municípios da região.

O comitê de crise deverá ser alocado na sede da Amsop, em Francisco Beltrão, com uma equipe técnica que fará um trabalho em conjunto com as 7ª e 8ª Regionais de Saúde e a Secretaria da Saúde do Paraná. “Esse comitê vai ter presença permanente durante os próximos meses, enquanto durar a pandemia. E vai estar focado, 24 horas por dia, em encontrar soluções para os problemas que os municípios enfrentam na área da Saúde. Visando, assim, uma eficiência maior nas aquisições e contratações”, explicou o vice-presidente da Amsop.

A decisão foi tomada após reclamações de prefeitos sobre a escalada de preços em insumos, medicamentos e oxigênio, bem como, na manutenção dos hospitais municipais, o que já compromete o equilíbrio das finanças em municípios da região.

“Os hospitais municipais estão sendo um pesadelo para muitos prefeitos. As despesas têm sido exorbitantes, e colocam o orçamento dos municípios em situação muito delicada”, afirmou o presidente da Amsop. “Precisamos de um socorro urgente, por parte do Estado, para manter essas estruturas e aliviar as contas dos municípios”, complementou Cleber.

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“O FPM (Fundo de Participação dos Municípios) vai ter uma redução de 41% no próximo mês. Já o metro cúbico de oxigênio, por exemplo, aumentou de R$ 4 para R$ 30. Daqui a pouco, Ampére não vai mais ter condições de manter o hospital aberto”, alertou o prefeito Disnei Luquini, que foi respaldado pelo prefeito de Dois Vizinhos: “nosso município repassa R$ 800 mil mensais ao Hospital Pró-Vida. Está ficando uma situação insustentável para a prefeitura”.

Ainda na região, o município de Santa Izabel do Oeste apontou um investimento muito alto para a manutenção do hospital, com um repasse de R$ 500 mil mensais. Já o prefeito de Palmas, Kosmos Nicolaou, que também é médico, ressaltou a dificuldade dos municípios com a contratação de profissionais, como técnicos, enfermeiros e médicos, já que há poucos candidatos para o preenchimento das vagas.

Além da criação do comitê de crise, os prefeitos presentes à reunião referendaram o envio de um ofício ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, com sugestões para solucionar a questão orçamentária dos municípios com a Saúde, dentre elas, a antecipação de impostos. E, ainda, o envio de um outro ofício ao secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, solicitando um maior apoio aos municípios para a aquisição de insumos, medicamentos e com um incremento nos repasses financeiros para os hospitais que prestam atendimento aos municípios.

O encontro também contou com as presenças do chefe da 7ª Regional de Saúde (Pato Branco), Anderson Nesello, e a chefe da 8ª Regional de Saúde (Francisco Beltrão), Nádia Zanella. (Fonte/foto: Assessoria Amsop)

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